Um dos mais renomados policiais baianos em atividade, da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE), da Polícia Civil da Bahia, o investigador Douglas Pithon fez um desabafo nas redes sociais. Em seu perfil oficial do Instagram, ele afirmou que muita gente pediu seu posicionamento após a onda de violência em Salvador e Região Metropolitana (RMS), que resultou corpos espalhados em diversas regiões, ônibus queimados e suspensão do transporte público em bairros da capital baiana.
Em um vídeo publicado na manhã desta sexta-feira (18), Pithon afirmou que está à disposição para fazer seu trabalho em campo e prega respeito ao que está fora da sua alçada. O policial destacou que o seu recado para violência é a sua atuação juntamente com sua equipe em combate ao crime organizado.
"Muita gente pedindo para me posicionar sobre a violência. Eu não me envolvo com aquilo que está fora do meu controle. Eu não me desgasto com isso. Eu sou a ponta da lança. Eu sou um soldado de guerra. Eu vou confrontar o mal aonde o mal estiver. Eu preciso de munição no meu carregador, do meu colete pronto, da minha arma manutenida, da ração no meu bornal, da água no meu cantil, da minha equipe pronta e preparada, porque intrepidamente e convictos nós iremos ao olho do furacão, se preciso for. Atravessaremos o vale da sombra da morte e iremos confrontar o mal aonde o mal estiver. Não adianta se esconder, não adianta se enterrar, não adianta correr, que nós vamos te alcançar. Esse é o meu recado para a violência. Tamo junto, fosse honrar sempre e os fracos que se arrebentem".
Já através dos stories, o coordenador da CORE não escondeu a chateação ao comentar as falas de um especialista em segurança pública, que não teve o nome revelado, em uma entrevista. "Mais uma vez, lendo a matéria de um jornal aqui, eu me deparo com um especialista de gabinete, um especialista de sala de ar-condicionado, de uma poltrona confortável, que muito possivelmente nunca colocou os pés nas trincheiras da guerra, lá onde o aço encontra a carne. Não conhece a realidade da guerra, não conhece a realidade do policial, não conhece a realidade da comunidade que está nesse fogo cruzado, não conhece a característica e a força indomável e implacável dessa criminalidade que tenta assolar a sociedade e fica de uma maneira bem ignóbio, bem ignorante, bostejando verdades que contrariam a lógica do que de fato acontece nos palcos da guerra. Então, meu camarada, tenha decência, nos deixe trabalhar, nos deixe combater, nos deixe fazer o nosso trabalho, que é confrontar o mal e o seu falar besteira", bradou.
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