A região íntima entrou na lista das partes do corpo afetadas pela perda de gordura acelerada provocada pelas canetas emagrecedoras e o termo "vulva de Ozempic" está viralizando.
A coordenadora do ambulatório da saúde da mulher do Hospital Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA/Ebserh), a ginecologista Lorena Porto, explicou que o fenômeno é consequência direta da perda de peso rápida e acentuada.
Outras partes do corpo ja tinha sindo apontadas com este mesmo resultado para quem faz uso dos remédios à base de semaglutida, uma substância originalmente desenvolvida para o tratamento do diabetes tipo 2, mas que ganhou popularidade por seus efeitos no emagrecimento.
A "vulva de Ozempic" se junta agora ao "rosto de Ozempic" e ao "braço de Ozempic" provovado por uma perda de peso abrupta, onde o corpo todo fica mais flácido, e a vulva também.
"A perda de gordura gera flacidez nos lábios externos e enfraquecimento dos músculos vaginais, com flacidez também. Essa diminuição de gordura envelhece a vulva, o que pode incomodar tanto esteticamente quanto, em alguns casos, funcionalmente".
De acordo com ginecologista Ana Carolina Romanini, especialista pela Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), "essa secura pode causar ressecamento, dor, ardor, disúria [desconforto ao urinar] e dificuldade na relação sexual."
Para quem não quer abrir mão do uso das "canetinha", a ginecologista recomenda o uso de hidratantes, lubrificantes ou estrogênio tópico. Além disso, tecnologias como laser e radiofrequência (como o Fraxx) também podem ajudar, assim como a fisioterapia pélvica e o uso de lubrificante durante o ato sexual.
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