O ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, foi ouvido nesta terça-feira, pelos membros da CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados. Baruscco voltou a repetir o que disse durante a delação premiada, que a propina financiou a primeira campanha de Dilma Rousseff (PT). "Foi solicitado à SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento. Foi para a campanha presidencial em 2010, na que teve José Serra e Dilma Rousseff. (A doação) foi ao PT, pelo João Vaccari Neto".
Barusco também afirmou ter acumulado U$ 97 milhões em propina e que vai devolver a propina referente a parte dele. Ele é um dos delatores da Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobrás, e o primeiro a prestar depoimento à nova Comissão.
Barusco afirmou que o Partido dos Trabalhadores tinha direito a uma parte da propina em cima dos contratos. Algo em torno de 1% ou 2%. Segundo ele, o tesoureiro do partido intermediava e os acordos eram em reuniões em hotéis. “Combinava os recursos para o PT com João Vaccari”, afirmou.
De acordo com o depoimento, a propina começou a ser recebida em 2003 e 2004. O ex-gerente afirmou que corrupção é “uma espada na cabeça e que não tem saída”.
A reunião começou por volta das 10h da manhã e só terminou por volta das 16h30.
Barusco é engenheiro e trabalhava próximo a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal, indicado por José Dirceu. Eles teriam divido propina em "mais de 70 contratos" da Petrobrás entre 2005 e 2010. (Bocão News)
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