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terça-feira, 17 de março de 2015

Instituto Raízes, 5 anos de história em Floresta no Sertão de PE

Nesse ano de 2015, o Instituto Cultural Raízes, completa 14 anos de existência e 05 anos de um trabalho efetivo, permanente, único e inovador em Floresta no Sertão de Pernambuco.

Comemorando essa trajetória serão realizados (daqui até novembro de 2015) uma série de ações e eventos que marcarão com grande força o sucesso do trabalho realizado.

Destacaremos a partir da presente data uma série de entrevistas e depoimentos, destacando a história e a atuação do Instituto Raízes.

Iniciamos com uma ampla entrevista em série, com o Diretor Presidente, Libânio Neto, onde o mesmo nos relata fatos diversos e acontecimentos que marcam a vida do Instituto Raízes.

Primeira parte da entrevista:

Raízes da Cultura: Como surgiu o Instituto Cultural Raízes?
Libânio Neto: O Instituto Cultural Raízes é o resultado de um trabalho que havíamos iniciado na zona da mata sul de Pernambuco e mais especialmente no município de Água Preta no período de 2001 a 2005, onde realizávamos atividades com adolescentes e jovens assentados da Reforma Agrária, estimulando a vivência cultural e cidadã. Em 2006, iniciamos experiências no sertão até chegar a Floresta em finais de 2008 para início de 2009. Já em 2010, resolvemos transferir a sede para Floresta, possibilitando um acompanhamento mais permanente ao trabalho já iniciado.

Raízes da Cultura: Qual o trabalho desenvolvido pelo Instituto em Floresta?
Libânio Neto: Iniciamos já em 2009 com uma assessoria institucional para a implementação do sistema municipal de cultura. Em seguida realizamos de um levantamento cultural e depois incentivamos a realização da 1ª Semana da Consciência Negra e construímos um documentário por ocasião do Festival Pernambuco Nação Cultural em novembro de 2009. A partir daí concentramos nossa atuação no resgate e preservação das tradições culturais do povo florestano, vinculado à cultura popular do sertão e do estado.

Raízes da Cultura: Neste período de 5 anos quais os trabalhos que mais se destacaram?
Libânio Neto: Em primeiro lugar o trabalho que realizamos junto às comunidades quilombolas que resultou na organização associativa dos mesmos, no reconhecimento através da Fundação Cultural Palmares e na publicação de um livro, produção de documentário e, criação de diversos grupos culturais como o Grupo Dandara, a Banda de Pífano, Grupo de Dança da Mazurca, Grupo Flor do Pajeú composto de crianças quilombolas, entre outras ações que foram desenvolvidas visando o resgate dos elementos históricos e tradicionais e no estímulo à formação da consciência cidadã e do entendimento sobre a identidade negra (afrobrasileira e quilombola).

Além disto, realizamos cinco Encontros de Tradições Culturais nas Comunidades Rurais de Floresta, onde destacamos o Forró Pé-de-Serra, a Dança do São Gonçalo, a Capoeira, Maculelê, Caboclinho, Ciranda, Coco de Roda, Afoxé e Maracatu, que são tradições das culturas negra e indígena, além de expressões de nossa cultura popular.

Por fim investimentos na formação de grupos culturais compostos de crianças, adolescentes e jovens, onde neste período criamos cinco grupos culturais, dos quais três permanecem atuantes até hoje, que são o Grupo Cultural Dandara, o Maracatu Afrobatuque de Floresta e o Afoxé Filhos de N’Zambi.

É também marca de nosso trabalho a realização de oficinas de percussão, danças, artesanato, pintura em tela, violão, capoeira, entre outras, cujo público preferencial tem sido às crianças, adolescentes, jovens e remanescentes quilombolas e indígenas em especial. (Por Libânio Neto/Blog do Instituto Cultural Raízes)

Blog: O Povo com a Notícia