Quem acompanhou através da imprensa a cobertura sobre a morte da alemã Jennifer Kloker, assassinada em fevereiro de 2010, na BR-408, em São Lourenço da Mata-PE, certamente lembra de uma mulher que aparecia frente às câmeras chorando e pedindo justiça pela morte da nora. Ao final da investigação, Delma Freire de Medeiros acabou presa e apontada pela polícia como a mandante da morte de Jennifer, que era casada com Pablo, filho dela. O motivo: a família queria ficar com o seguro de vida milionário feito em nome da vítima pelo italiano Ferdinando Tonelli, pai adotivo de Pablo.
Assim como Jennifer, que foi assassinada na presença do filho de apenas três anos, Ferdinando também seria executado. Nos planos de Delma, segundo a polícia, estava cogitado ela casar com Ferdinando e depois mandar matá-lo para assim ficar com todo o dinheiro dele. Em 2012, cinco pessoas foram a júri popular pela morte de Jennifer. Delma, Pablo, Ferdinando e Dinarte Medeiros, irmão de Delma, foram condenados. O executor, Alexsandro Neves dos Santos, foi condenado em 2013. Pois bem, de personalidade forte, a senhora Delma toda vida foi o centro das atenções do Caso Jennifer. Sempre negou sua participação no assassinato da nora. Só abriu o jogo depois que os outros acusados confessaram que ela foi a mentora.
Com exceção de Dinarte, que recebeu delação premiada por colaborar com o trabalho da polícia, todos os acusados estão cumprindo pena em regime fechado. Os advogados estão esperando uma decisão da Justiça para as apelações que fizeram relativas às penas recebidas pelos acusados. Pablo e Ferdinando foram condenados a 25 anos e seis meses de prisão. Dinarte pegou 14 anos e Delma Freire foi condenada a 32 anos reclusão. A sogra da alemã estava cumprindo sua pena na Colônia Penal Feminina de Paratibe, em Abreu e Lima, no entanto, por determinação judicial, foi transferida para a Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, antiga Bom Pastor.
Fontes do blog informaram que Delma teria se envolvido em algumas brigas na unidade prisional e por isso precisou deixar o local. Segundo a Secretaria de Ressocialização, a mudança de endereço da presa em questão foi devida à convivência com as outras detentas que não estava lá em coisas. Sob constantes ameaças e hostilização por parte das demais presas e após ser chamada várias vezes de caboeta, a direção da unidade achou por bem tirá-la do presídio antes que algo de pior acontecesse.
Cena que perdemos de ver foi a saída dela do presídio. Deve ter mandado um beijo no ombro para as ex-colegas de cárcere e seguiu de cabeça erguida. Só não sabemos até quando ela não vai arrumar confusão na nova casa, que abriga presas muito mais descoladas e brabas que a primeira unidade. (Blog Segurança Pública)
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