Três detentos fugiram, na manhã
deste último sábado (07), do Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), um dos que
integram o Complexo Prisional do Curado, no Recife.
A Secretaria de Ressocialização (Seres) confirmou a informação, acrescentando
que os detentos usaram uma corda improvisada feita com lençóis, chamada
popularmente de “Tereza”.
Um dos presos já
foi recapturado pela Polícia Militar. Outros dois seguem desaparecidos. A Seres
informou ainda que uma investigação interna está sendo conduzida para apurar os
detalhes da fuga.
Problemas
antigos: O Complexo do Curado (antigo Aníbal Bruno), na Zona Oeste da capital,
foi denunciado à Comissão Internacional de Direitos Humanos da Organização dos
Estados Americanos (OEA), em 2011. Desde então, instituições em defesa dos
direitos humanos contabilizaram mais de 265 denúncias de atos violentos no
conjunto de presídios – o maior do estado.
Em janeiro, o
governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), declarou estado de emergência no
sistema penitenciário e determinou intervenção do Centro Integrado de
Ressocialização de Itaquitinga, que está com as obras paradas há cerca de um
ano e meio. Em nota, o Executivo Estadual destacou que "tais medidas se
dão em face à atual situação de tensão vivenciada no sistema prisional".
No início do ano,
o Complexo do Curado, maior de Pernambuco,
registrou uma rebelião que durou três dias, deixando o saldo de três mortos e
dezenas de feridos. Um sargento da PM foi assassinado durante o motim e um dos
detentos foi decapitado. Os três presídios do Curado têm capacidade para 1.800
presos, mas atualmente abrigam 7.000. O governo estadual acionou o Ministério
da Justiça, ao qual o Depen está ligado, após as últimas ocorrências.
Um
mutirão de defensores públicos foi convocado em fevereiro deste ano para
agilizar o atendimento dos cerca de 7 mil detentos. Ao todo, 48 defensores
participam da força-tarefa, sendo oito de Pernambuco e os outros vindos de
diversos estados brasileiros. No início deste ano, o conjunto de presídios
registrou uma série de rebeliões violentas, deixando três mortos e dezenas de
feridos. Uma das reivindicações dos presidiários era a agilidade dos processos. (G1 Caruaru)
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