Sempre que não tinha o que
responder, o personagem Armando Volta, criado pelo ator David Pinheiro, saía-se
com o bordão sambarilove, na Escolinha do Professor Raimundo.
É mais ou menos isso o que fará o presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já prepara sua defesa no Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados, onde será julgado por quebra de decoro
parlamentar.
Cunha, acusado pela procuradoria-geral da
República de manter diversas contas secretas na Suíça, onde estão bloqueados
mais de R$ 20 milhões, recebeu ontem uma chuva de dólares falsos, no salão
verde da Câmara dos Deputados.
Segundo informa reportagem de Ranier Bragon
(leia aqui), na noite de ontem,
ele já traçou o plano para permanecer à
frente do Legislativo.
De acordo com a estratégia, Cunha tentará
provar que não mentiu ao reconhecer o vínculo com os dólares bloqueados na
Suíça, sem, no entanto, dizer que as contas são suas – na realidade, elas
pertencem a empresas offshore em que ele aparece como beneficiário.
Cunha dirá ainda que o dinheiro é lícito e se
deve ao pagamento de empréstimos feitos a um deputado morto – o ex-parlamentar
mineiro Fernando Diniz.
Ou seja, sambarilove. Será que o Congresso
engole essa?
Blog: O Povo com a Notícia