O PT habituou-se a prestar
solidariedade a todo tipo de malfeitor —dos condenados do mensalão aos
encrencados no petrolão. Subitamente, a legenda decidiu negar a mão estendida
ao companheiro Delcídio Amaral, pilhado negociando a compra do silêncio do delator
Nestor Cerveró.
“Nenhuma
das tratativas atribuídas ao senador tem qualquer relação com sua atividade
partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado”, escreveu Rui
Falcão, presidente do PT, uma nota oficial. “Por isso mesmo, o PT não se julga
obrigado a qualquer gesto de solidariedade.”
Depois
de gritar tantas vezes “um por todos, todos por um”, o PT agora exclama:
“Hummmm…” Bom, muito bom, ótimo. No arremate de sua nota, Falcão soou
ameaçador: “A presidência do PT convocará, em curto espaço de tempo, reunião da
Comissão Executiva Nacional para adotar medidas que a direção partidária julgar
cabíveis”.
Tudo
leva a crer que o PT mostrará a porta de saída para Delcídio. Alvíssaras!
Depois, para completar o serviço, o partido só precisará expulsar Dirceu,
Genoino, Delúbio, João Paulo, Vaccari e um interminável etcétera. (Via: Josias de Souza)
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