O petrolão deu a Brasília um
enredo de comédia de costumes. A peça é mal escrita e os ensaios são feitos às
pressas para substituir o espetáculo anterior. Além de não agradar ao público,
o novo roteiro deixou os atores fora dos seus papeis. Por exemplo: Nestor
Cerveró, que fazia na peça anterior o papel de Cerveró, um afilhado político
responsável pela prospecção de propinas na diretoria Internacional da
Petrobras, ficou fora de sua marca no palco, sem padrinho nem madrinha.
Preso
depois de tentar comprar o silêncio de Cerveró, Delcídio Amaral disse que a
nomeação do hoje delator da Lava Jato foi feita por Dilma, em 2003, época em
que madame era ministra de Minas e Energia do governo Lula. Em privado, o
senador preso atribuiu ao colega Renan Calheiros a indicação que levou Dilma a lhe telefonar para
perguntar o que achava de Cerveró.
Refugado
por Delcídio, Cerveró é rejeitado também por Renan. Nesta segunda-feira, foi
Dilma quem tomou distância do personagem tóxico: “Não indiquei o Nestor
Cerveró. Eu acho que o senador Delcídio se equivoca. Não tenho relação com
Cerveró.''
É
verdade que a aparência de Cerveró, com seus olhos desalinhados, dá à sua
imagem um quê de extraterrestre. Mas ninguém poderia supor que ele Cerveró
havia descido de Marte para se materializar na poltrona de diretor
Internacional da Petrobras. A Lava Jato deixa Brasília muito divertida.
Blog: O Povo com a Notícia
Via: Josias de Souza