O vexame da Copa — Alemanha 7 X 1
Brasil — foi recebido pela nação como uma feroz humilhação. Nas esquinas, nos
botecos, nas escolas, nas repartições públicas, nas fábricas, nos lares… Por
toda parte, uma sensação de orfandade. Quando soou o apito final, lia-se na
cara de todos o brasileiros a pergunta: “Por quê? Por quê?”.
Corta
para a grande área da Câmara. Ali, Eduardo Cunha e seu escrete de milicianos
impõem ao Conselho de Ética uma goleada épica. O placar parcial é de 6 a zero.
Nesta terça-feira, o ruim deve ficar pior. Nova manobra pode resultar no sétimo
adiamento do início do processo de cassação do presidente da Câmara.
No
futebol, a capitulação diante da Alemanha foi tomada como uma humilhação
mundial. Não pelo resultado. Qualquer time perde, ganha ou empata. A Seleção já
entrara por muitos canos. Mas não havia o ridículo. Contra os alemães, os
jogadores brasileiros não jogaram, eis a verdade que maltrata a alma nacional.
Na
Câmara, a perspectiva da tragédia — Cunha 7 X 0 Ética — não é suficiente para deixar
a cara dos brasileiros a meio pau. A vergonha está estampada no enredo do jogo.
É muito parecido com o futebol. Mas canelada marca ponto a favor, vale gol de
mão e o juiz é um ladrão que expulsa do jogo relator que ousa contrariá-lo. E
nada acontece!
Ah,
que país maravilhoso seria o Brasil se a ética merecesse dos brasileiros a
mesma atenção dedicada à bola! Hoje, Felipão treina o Guangzhou Evergrande, na
China. Sem mandato, Cunha talvez fosse candidato a comandante do time da
penitenciária. (Via: Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia