A
Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 12, a Operação Vitória de Pirro,
28ª etapa da Lava Jato. Cem policiais federais estão cumprindo 21 ordens
judiciais, sendo 14 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão
preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 4 mandados de condução
coercitiva. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de São Paulo, Rio
de Janeiro, Taguatinga e Brasília.
O
ex-senador Gim Argello é alvo de um mandado de prisão e sua casa de um mandado
de buscas.
Segundo
a PF, as investigações apuram a existência de indícios concretos de que
destacado integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado
Federal e também da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito instaurada no
Congresso Nacional, ambas com o objetivo de apurar irregularidades no âmbito da
Petrobras S/A no ano de 2014, teria atuado de forma incisiva no sentido de
evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a
cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em
favor dos partidos de sua base de sustentação.
Vitória
de Pirro remete a expressão histórica que representa uma Vitória obtida
mediante alto custo, popularmente adotada para Vitórias consideradas inúteis.
Em que pese a atuação criminosa dos investigados no sentido de impedir o
sucesso da apuração dos fatos na CPI/Senado e CPMI/Congresso Nacional, tal fato
se mostrou inútil frente aos resultados das investigações realizadas no âmbito
da denominada Operação Lava Jato.
Os
fatos investigados nesta fase apuram a prática dos crimes de concussão,
corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Os
presos serão encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba/PR enquanto aqueles conduzidos para depoimentos serão ouvidos nas
respectivas cidades onde forem localizados.
Na
última fase, a Operação Carbono 14, na sexta-feira, 1, a Lava Jato prendeu o
empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP) e o ex-secretário-geral do PT
Silvio Pereira. O ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o jornalista Breno
Altman foram conduzidos coercitivamente – quando o investigado é levado para
depor e liberado. (Via: Estadão)
Blog: O Povo com a Notícia