O Plano A era bombardear a gestão
do PMDB, transformar a herança nefasta de Dilma Rousseff num fracasso de Michel
Temer e conduzir a nova candidatura presidencial de Lula em triunfo até 2018. O
Plano B é, é…
O PT não dispõe de um plano alternativo. Líder messiânico e
único, Lula arrasta o partido e seus devotos junto com ele para o banco dos
réus. Faz isso sem levar em conta que ajuda a afundar a legenda que fundou.
Os estrategistas do petismo não tiveram nem a possibilidade
de analisar um plano de contingência. Já intuíam que Sérgio Moro converteria em ação penal a
denúncia em que a força-tarefa de Curitiba acusou Lula de receber R$ 3,7
milhões em benefícios ilegais da OAS. Mas faltava-lhes material humano para
esboçar uma tática alternativa.
Rendido às conveniências de Lula, o PT vê-se compelido a
improvisar um Plano B, que consiste basicamente em levar o Plano A às suas
últimas (in)consequências: desqualificar a gestão Temer e acusar as autoridades
da Lava Jato de conspiração para arrancar Lula da urna eletrônica de 2018.
Como que antevendo o veneno, Sérgio Moro já inoculou o antídoto
no despacho em que fez de Lula um réu. Disse não ignorar que, “entre os
acusados, encontra-se ex-presidente da República, com o que a propositura da
denúncia e o seu recebimento podem dar azo a celeumas de toda a espécie.''
Moro acrescentou: ''Tais celeumas, porém, ocorrem fora do
processo. Dentro, o que se espera é observância estrita do devido processo
legal, independentemente do cargo outrora ocupado pelo acusado.''
O que o juiz da Lava Jato escreveu, com outras palavras, foi
o seguinte: ''Nos autos da Lava Jato, Lula é um cidadão comum. A pose de vítima
não tem serventia jurídica. O réu e seus advogados terão de providenciar
explicações convincentes, capazes de refutar as acusações da Procuradoria.'' Do
contrário, o morubixaba do PT será condenado. Se a condenação for confirmada em
segunda instância, Lula será candidato ao xadrez, não ao Planalto.
Blog: O Povo com a Notícia
Por: Josias de Souza