O
governador Paulo Câmara deve começar 2017 com um reforço de R$ 600 milhões nas
contas do Estado. Um projeto de Lei encaminhado à Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe) pede autorização para que o governo capte esse valor através
de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal. Em trâmites finais, o Estado
pretende assinar o contrato ainda este ano.
O dinheiro deve turbinar a
capacidade de investimento, embora os empreendimentos a serem inclusos na
operação ainda dependam da publicação de uma resolução do Conselho Monetário
Nacional que vai detalhar a linha de financiamento aberta pelo governo federal.
"Vamos priorizar as obras
em andamento, obras que precisam ser finalizadas. E com um olhar muito especial
na questão da água, na questão da seca. E atuação também na área de saúde,
educação e segurança", adiantou ontem o governador. Ele também explicou
que será necessário adequar o plano de ajuste fiscal estadual ao empréstimo. O
governo ainda avalia se a operação de crédito seria mais atrativa através do
Banco do Brasil ou do BNDES.
Os pedidos de empréstimos ainda
devem ser avaliados pelo Tesouro Nacional, mas a sinalização da União é
positiva. Há anos, estados e municípios cobram do governo federal a liberação
de operações de crédito com bancos internacionais.
Hoje (22), Paulo Câmara volta a
Brasília para uma reunião do presidente Michel Temer (PMDB) e do ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, com todos os governadores do País. Ainda pela
manhã, os governadores devem se reunir para alinhar as demandas que serão
cobradas do governo federal.
"Vejo com um certo
otimismo que possamos realmente iniciar 2017 numa condição melhor do que a que
nós estávamos planejando. Porque o ano de 2016 foi muito pior do que nós
esperávamos", avaliou o governador, que disse esperar respostas para as
pendências de demandas já apresentadas à União nos últimos encontros.
"É um cenário muito
desafiador para todos os governantes. Eu já tinha tido a oportunidade de
conversar com o presidente Temer e dizer que é importante ele dialogar mais com
os governadores e com os prefeitos. Isso é fundamental para que haja condição
de juntos acharmos alternativas que sejam factíveis para todos", afirmou. (Via: PE Notícias)
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