O
ministro do STJ Antônio Carlos Ferreira terá que se posicionar sobre o cálculo
de uma indenização milionária que o Santander terá que desembolsar em nome do
Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe), comprado pelo Banco Real em 1998 e,
mais tarde, incorporado pelo Santander. A ferroada pode chegar a R$ 600
milhões, mas o Santander briga para pagar no máximo R$ 30 milhões.
A batalha judicial começou em
1982, mas a disputa atual é pelo tamanho e cálculo da indenização.
O processo é uma pérola
kafkiana: o banco estadual fez um empréstimo à Insilene, empresa pernambucana
da área de siderurgia. Mas o dinheiro foi depositado numa conta do próprio
Bandepe, que resolveu gastar o montante.
Não satisfeito em cobrar pelo
empréstimo inexistente, o banco tomou posse de imóveis dados como garantia pela
empresa. O herdeiro da Insilene quer um ressarcimento correspondente aos
prejuízos causados ao grupo da empresa pernambucana, que foi à falência.
Já o Santander questiona
decisões do Tribunal de Justiça de Pernambuco sobre o cálculo da indenização e
considera apenas os prejuízos à Insilene, e não ao grupo empresarial.
O Bandepe foi vendido por R$
182,9 milhões ao Real. Mas a indenização pode custar três vezes o preço de um
Bandepe.
Blog: O Povo com Notícia