O Dia do Trabalhador - esta
segunda-feira (1º) - será marcado por uma comemoração amarga para centrais
sindicais do País. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o País registrou uma taxa recorde de 14,2 milhões de desempregados no
trimestre, encerrado em março. Além disso, os sindicalistas acreditam que as
reformas Trabalhista e Previdenciária, propostas pelo Governo Federal, não
trazem soluções para a crise.
A avaliação é de que a agenda reformista precariza as relações trabalhistas e não será suficiente para estimular o mercado a gerar novos postos. Por isso o dia será de manifestações agendadas em todo o País.
A avaliação é de que a agenda reformista precariza as relações trabalhistas e não será suficiente para estimular o mercado a gerar novos postos. Por isso o dia será de manifestações agendadas em todo o País.
O presidente da
Central Única de Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, afirma que
a pauta das manifestações do dia será um desdobramento da greve geral da última
sexta.”Infelizmente, o desemprego só faz aumentar. O argumento era de que o
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seria para resolver o problema
do desemprego, mas ele só aumentou. E a tendência é de aumentar a cada dia,
porque as reformas não resolvem o desemprego. Os trabalhadores e aposentados
vão perder seus benefícios e seu poder de compra, o que vai prejudicar o
comércio”, afirma.
O vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Hemilton Bezerra, defende que as reformas não passem pelo crivo do Congresso Nacional. “Acreditamos que não se resolve o problema do desemprego com a precarização do trabalho. Essas reformas e a terceirização são uma visão, na qual se acredita que o capital pode resolver a crise, mas o nosso entendimento é de que isso é um equívoco. Essas reformas são rejeitadas pela população e feitas por um governo igualmente rejeitado”, avalia o dirigente.
As centrais sindicais preveem atos nas principais capitais do País e emitiram um comunicado, unificado, convocando a população a “ocupar Brasília” com o objetivo de barrar a reforma trabalhista. Em São Paulo, as entidades representativas farão eventos em diversos pontos da cidade, sendo o principal evento o “1° de Maio da Resistência”, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na avenida Paulista, onde é esperado pronunciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não confirmado.
Em Pernambuco, será realizado um ato conjunto das centrais sindicais com concentração na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 9h. Além das centrais sindicais, participarão das manifestações a Frente Povo Sem Medo, Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC), o MTST e o Fórum Dom Helder Câmara. Também haverá atos promovidos pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco (Fetaepe) pelo interior. Haverá manifestações em Orobó, no Agreste; Itapetim, no Sertão do Pajeú, e Petrolina, no Sertão do São Francisco. (Via: Folha PE)
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