O aplicativo utilizado por
pipeiros - usado na Operação Carro Pipa para entrega de água em cidades do
Nordeste - não registra toda a rota realizada pelos veículos, segundo afirmou
nesta segunda-feira (29), em comissão na Assembleia Legislativa, o presidente
do Sindicato dos Pipeiros, Eduardo Araújo.
"Por isso alguns pipeiros são flagrados com GPS nos
carros e nas motos, pra completar o percurso que ele já fez no caminhão. Pra
não gastar tudo de novo no caminhão, ele usa um transporte mais barato, como uma moto. O aplicativo não registra nem 40% da rota que a gente faz, por isso a
gente roda na moto para chegar a pelo menos 90%", disse o presidente do
sindicato.
Nos últimos meses, as
polícias Militar, Rodoviária e Federal apreenderam vários veículos e prenderam
pessoas que rodavam em veículos comuns com GPSs que deveriam estar instalados em
carro-pipa. Conforme as denúncias das polícias, a prática é criminosa e é uma
tentativa de burlar o sistema, sem fazer a entrega de água.
O coronel Claudemir Rangel, representando o comando da 10ª
Região Militar, explicou que tem procurado dar toda a atenção aos problemas que
surgem na Operação Carro-Pipa. No entanto, não "pode fugir dos rigores da
lei, sob pena de cair em uma ilegalidade". Ele acentuou que os
procedimentos da operação são definidos pelo Ministério da Integração Nacional,
e, portanto, cabe ao Exército apenas executar o que é definido.
Ainda conforme o coronel, se for necessário, serão
solicitados à empresa responsável reajustes no funcionamento do aplicativo que
controla a rota dos pipeiros. O pagamento aos pipeiros é feito mediante
comprovação da entrega da água, feita pelo programa eletrônico.
O sindicato reclamou ainda da falta de reajuste do
pagamento à categoria. Conforme Eduardo Araújo, em 10 anos, o valor pago pelo
Exército só foi reajustado em 10%, enquanto os insumos foram majorados em 100%
no período. (Via: G1 CE)
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