Assista o vídeo:
Um vereador da cidade de Pedra Branca, no Sertão paraibano, teve o
mandato cassado pelos outros vereadores por quebra de decoro parlamentar, com
base em uma denúncia de agressões verbais, ameaças e uma suposta tentativa de
agressão física contra o presidente da sessão de solenidade de posse dos
vereadores em 1º de janeiro.
Roberto Rodrigues (PC do B) foi eleito vereador com 193 votos em outubro
de 2016. O vereador cassado negou as acusações e explicou que vai recorrer à
Justiça Eleitoral para reassumir a cadeira na câmara. “Vou recorrer e espero
ver na Justiça o meu direito de exercer a função que eu venho exercendo há três
mandatos”, disse.
Confronto na posse: Os motivos apontados para a cassação do mandato de Roberto Rodrigues
começaram na solenidade de posse dos vereadores, em janeiro. A sessão era
presidida por José Dantas (PROS), por ser o vereador mais velho e obedecendo a
lei orgânica de Pedra Branca. Vídeos da solenidade mostram o vereador cassado
irritado durante a solenidade.
Segundo José Dantas, em determinado momento, que não foi registrado
pelos celulares do público, o vereador teria lançado o microfone em direção ao
presidente da sessão. “O microfone caiu junto de onde eu tava, inclusive
jogando meus óculos no chão, então [o ato] foi contra a minha pessoa”, disse.
O atual presidente da Câmara Municipal da cidade, Edimilson Félix (PR),
explica que nas sessões seguintes Roberto Rodrigues passou a descumprir o
regimento interno, interrompendo o presidente e discutindo com os outros
vereadores.
“Toda a vida ele foi
agressivo aqui, porque de uma certa forma ele estudou, estava fazendo o curso
de direito, e certamente tinha a lábia que colocava as palavras melhor, e em
qualquer oportunidade, ele queria ser superior a todos”, explicou Félix.
A presidência do PR municipal enviou um pedido de cassação do mandato de
Roberto Rodrigues para a câmara municipal, composta por oito vereadores. Uma
comissão foi formada e na segunda-feira (29), o vereador foi cassado do cargo
em uma eleição interna, que teve como placar 7 votos a favor e um contra.
“Consultamos o pleno da Casa, que acolheu a denúncia e o plenário fez a
eleição e por meio de voto secreto, foi votada a cassação”, concluiu o
presidente da câmara. (Via: G1 PB)
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