O brilho cor-de-rosa se destacou em monumentos de Brasília no primeiro
dia do Outubro Rosa. Neste mês, o mundo tenta fortalecer a luta de mulheres que
enfrentam o câncer de mama, doença que atinge mais de 60 mil mulheres por ano
no Brasil. A campanha serve de alerta sobre a importância do autoexame, que
contribui para identificação precoce da doença — o que aumenta as chances de
cura para 95%.
Neste domingo (1), o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o
Ministério das Relações Exteriores (MRE) iluminaram em tom róseo a Esplanada do
Ministérios, tradicionalmente, o maior palco brasiliense para o tipo de
campanha. Nos próximos dias, deve ocorrer o mesmo com a Catedral Metropolitana
de Brasília o Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF).
A luta contra o câncer de mama foi dolorosa para Luzimar Souza, 33 anos.
A moradora do Guará é militar, o que, segundo ela, "ajudou com os efeitos
colaterais dos remédios". "Tive problemas com menstruação quando
iniciei um ciclo de medicamentos novos, depois da cirurgia e da radioterapia. Mas, embora eu tenha sentido muita dor, fui poupada da parte que causa mais
sofrimento: raspar a cabeça", disse.
Para a soldado, a vaidade é muito importante, ainda mais em um momento
como esse. "Você está debilitada, fica sem trabalhar, em casa, tentando
sobreviver… Passar máquina no cabelo e ficar com a aparência de pessoa doente
pode desestabilizar emocionalmente as mulheres", completou.
Após quase um ano de esforço e de muito apoio familiar, Luzimar está
concluindo o tratamento. "A verdade é que eu já estou curada, mas preciso
fazer um acompanhamento nos próximos meses. Com essa recuperação tão próxima,
deixo todas as minhas agonias para trás. Tirei um dos seios por causa do
nódulo, mas me sinto mais completa do que nunca. Desejo que todas tenham a
mesma força que eu nessa trajetória", afirmou.
De acordo com o Movimento Outubro Rosa, a primeira iniciativa no Brasil
foi a iluminação em rosa do Mausoléu do Soldado Constitucionalista, mais
conhecido como o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, em 2002. A campanha, no
entanto, começou nos Estados Unidos, na década de 1990. (Via: Correio Braziliense)
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