Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal prenderam
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do
Comitê Rio 2016, na manhã desta quinta-feira (05), na Zona Sul do Rio. Os agentes
também tentam cumprir mandado de prisão contra Leonardo Gryner, diretor-geral
de operações do comitê Rio 2016.
A ação é um desdobramento da Unfair Play, uma menção a jogo sujo e que é
mais uma etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro. O objetivo é cumprir mandados
contra suspeitos de comprar jurados da eleição da cidade sede da Olimpíada de
2016.
Em março, o jornal francês “Le Monde” havia denunciado que, três dias
antes da escolha da cidade, houve pagamento de propina a dirigentes do Comitê
Olímpico Internacional.
No mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o bloqueio de
até R$ 1 bilhão do patrimônio de Carlos Arthur Nuzman, do empresário Arthur
Cesar Soares de Menezes Filho, o "Rei Arthur", e de Eliane Pereira
Cavalcante, ex-sócia do empresário. O objetivo, segundo procuradores, era
reparar os danos causados pelo trio devido às proporções mundiais da acusação.
Organização
criminosa internacional
De acordo com o Ministério Público, as fronteiras internacionais não
limitaram a atuação da organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral.
Para os procuradores, “trata-se de um esquema altamente sofisticado, que agia
internacionalmente com desenvoltura e uma engenhosa e complexa relação
corrupta”. Prova disso é que, para alcançar o atual estágio da investigação, o
MPF teve que realizar pedidos de cooperação jurídica internacional com nada
menos que quatro países diferentes: Antígua e Barbuda, França, Estados Unidos e
Reino Unido.
Durante as investigações, o Ministério Público Francês colheu
substancioso material para demonstrar que houve compra de votos para escolha da
sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Um dos votos foi comprado de Lamine Diack,
então presidente da Federação Internacional de Atletismo e então membro do
Comitê Olímpico Internacional, por meio de seu filho, Papa Massata Diack. (Via: G1)
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