No pronunciamento de fim de ano,
o presidente Michel Temer avaliou que a economia do país está "em
ordem" e afirmou que está "mais barato para viver" no Brasil. As
declarações foram veiculadas neste domingo (24) em rede nacional de rádio e
TV. Temer está desde sexta-feira (22) em São Paulo, onde passará o Natal
com a família. A mensagem, divulgada na véspera do feriado de Natal, foi
gravada na semana passada em Brasília. "Em um curto espaço de tempo
colocamos a economia em ordem, saímos da recessão e temos as taxas de juros
mais baixas dos últimos anos", afirmou o peemedebista.
"Já conseguimos baixar os preços dos alimentos e aumentar o poder de
compra dos brasileiros. Está mais barato para comer, para vestir, para morar.
Está mais barato para viver", acrescentou o presidente. Em outro
trecho do pronunciamento, Michel Temer declarou que o governo não adotou
"modelos populistas" e não "escondeu a realidade".
"Não adotamos modelos populistas, nem escondemos a realidade. Nada de
esperar por milagres e contar com salvadores da pátria",
disse. Segundo o G1, em café da manhã com jornalistas na última
sexta-feira (22), Temer afirmou que a primeira-dama, Marcela Temer, não quer
que ele dispute as eleições em 2018.
Na mensagem de fim de ano, o presidente também fez um balanço de algumas
medidas e programas feitos pelo Palácio do Planalto em 2017. O peemedebista
destacou, entre outros pontos, a aprovação da reforma trabalhista.
"Nos últimos meses, mais de 1 milhão de novos postos de trabalho foram
criados. Sabemos que o desemprego ainda é grande, mas esses números demonstram
que estamos no caminho certo", disse. Na projeção de Temer, as
mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) vão aumentar o número de
postos de trabalho. O presidente também citou as liberações de saques do
FGTS e de cotas do Fundo PIS/Pasep; e a retomada de obras de infraestrutura.
Reforma da
Previdência: Como tem feito em todos os discursos, Temer voltou a defender a reforma da Previdência.
Ele disse que as mudanças nas regras de aposentadoria não são uma questão
"ideológica ou partidária".
"É uma questão do futuro do país e para garantir que os aposentados
de hoje e os de amanhã possam receber suas pensões", frisou.
A reforma previdenciária é a principal proposta de Temer no plano
econômico. Governistas queriam ter colocado o projeto em votação na Câmara
neste ano.
No entanto, sem os votos necessários para aprovar a proposta, o Palácio do
Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiaram a análise do
tema para fevereiro de 2018.
Por se tratar de uma mudança na Constituição, a reforma da Previdência
precisa passar por duas votações na Câmara e no Senado; e tem que contar com o
apoio de pelo menos 308 deputados e 49 senadores.
Temer voltou a elogiar o governo argentino que conseguiu aprovar mudanças
nas aposentadorias neste ano e afirmou ter "convicção" de que os
parlamentares brasileiros seguirão o exemplo.
"Tenho certeza que eles [os congressistas do Brasil] não faltarão ao
Brasil", afirmou.
No pronunciamento, Temer não falou sobre as denúncias de corrupção contra
o seu governo. Na última sexta-feira, o peemedebista afirmou ter "perdido
tempo" com as denúncias feitas pelos executivos do grupo J&F, dono do
frigorífico JBS.
Na ocasião, Temer disse que a reforma previdenciária já poderia ter sido
aprovada se as denúncias, derivadas do caso, não tivessem sido apresentadas.
Ao fim do pronunciamento, Temer desejou feliz Natal e disse que o governo
está "abrindo as portas para um 2018 de mais estabilidade, de mais
empregos, de mais realizações".
Em 2016, Temer também teve fala divulgada em cadeia de rádio e televisão
na véspera do Natal. Na oportunidade, ele afirmou que em 2017 o país derrotaria
a crise e recuperaria empregos perdidos. O peemedebista já falava de reforma da
Previdência à época.
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