Em 2017, um gravador indiscreto
quase derrubou o governo. O aparelhinho flagrou
Michel Temer numa conversa para lá de imprópria com Joesley
Batista, que já estava na mira da PF.
O
empresário teve menos sorte que o presidente e vai passar o Réveillon na prisão.
No
dia de comer as lentilhas, a coluna relembra o diálogo do Jaburu e outras
frases que marcaram o ano.
"Tem
que manter isso, viu?" — Michel Temer, presidente, dando instruções sobre
um ex-deputado em silêncio na cadeia.
"Todo
mês" — Joesley Batista, dono da JBS, mostrando que entendeu bem o que
tinha que manter.
"Investigação
malfeita" — Gilmar Mendes, ministro do STF, criticando as denúncias da
Procuradoria contra seu amigo na Presidência.
"Eu
vi a fita, eu vi a mala de dinheiro, eu vi a corridinha na televisão" —
Luís Roberto Barroso, ministro do STF, rebatendo a crítica do colega.
"Tem
que ser um que a gente mata ele antes dele fazer delação" — Aécio Neves,
senador, descrevendo o tipo ideal para carregar sua mala.
"Se
acabar o foro, é para todo mundo. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba
selecionada" — Romero Jucá, senador, sobre a maior preocupação do ano no
Congresso.
"Tenho
cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma
mulher" — Jair Bolsonaro, deputado, lembrando que o que está ruim sempre
pode piorar.
"Eu
sei que tô lascado, todo dia tem um processo" — Lula, ex-presidente,
admitindo que está... lascado.
"Eu
não matei Odete Roitman" — Sérgio Cabral, ex-governador, descobrindo um
crime que não cometeu.
"Nós
não vai ser preso, nós sabemos que nós não vai" — Joesley Batista,
empresário, mostrando que não tinha talento para prever o futuro.
"Não
sei como Deus me colocou aqui" — Michel Temer, presidente, confundindo
Deus com um ex-deputado em silêncio na cadeia.
Blog: O Povo com a Notícia
Por: Bernardo Mello Franco – Folha de S.Paulo