O Governo de Pernambuco através
da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realiza nos
próximos dias 19 e 20 de dezembro, em Triunfo, o Seminário para apresentação
dos resultados do Projeto de Implantação de Módulos de Manejo Sustentável da
Agrobiodiversidade para o Combate à Desertificação no Semiárido Pernambucano. O
projeto é desenvolvido em parceria com o Fundo Nacional de Mudanças
Climáticas/Ministério do Meio Ambiente e mudou a realidade de cerca de 400
famílias de 12 municípios, escolhidos pela proximidade das zonas de
amortecimento de Unidades de Conservação do bioma Caatinga em implantação.
O projeto começou a ser
desenvolvido em 2011 e prevê ações distribuídas em cinco eixos: segurança
hídrica, com a construção de poços e sistemas simplificados de
abastecimento; segurança alimentar, com a criação de 12 unidades
produtivas, distribuídas de acordo com a aptidão das
comunidades; segurança energética, com aconstrução de 338 fogões
ecológicos; saneamento básico, com a construção de 298 banheiros com
fossa e capacitações foram realizadas 36 capacitações para
agricultores e professores e gestores públicos dos municípios.
Esse projeto foi premiado em
2014 com o Prêmio Dryland Champions, concedido pela United Nations Convention
to Combat Desertification (UNCCD)/ONU), por meio do Ministério do Meio
Ambiente, por fazer parte essencial do combate à degradação do solo e à
desertificação para o convívio com o semiárido. Pernambuco possui cerca de 80% do seu território no clima
semiárido, dos 184 municípios, 122 estão em áreas que vem sofrendo degradação
ambiental progressivamente. Foram
beneficiadas 30 famílias em 12 comunidades atendidas, entre elas: Sítio Dois
Irmãos, em Afrânio; Comunidade Jatobá, em Cabrobó; Sítio do Rosário, em
Exu; Sítio São Gonçalo, em Floresta; Almirante/Vista Alegre, em
Parnamirim; Sítio Estreito, em Santa Maria da Boa Vista; Sítio Onça, em
São Caetano; Serra do Catolé, em São José do Belmonte; Lajinha, em Serra
Talhada; Serrote do Teles, em
Serrita; Sítio Carro Quebrado, em Triunfo e Serra da Matinha, em Carnaíba.
O gerente do Programa do Semiárido, Caatinga e Combate à
Desertificação da Semas, Sérgio Mendonça, revela a importância da mudança na
vida dessas pessoas com a conclusão de etapas do projeto. “O projeto tem como
objetivo integrar ações que envolvem água, geração de renda, segurança
energética, saneamento e formação, por meio das capacitações nas comunidades
tornando-as sustentáveis e visando impactar o mínimo possível a caatinga, como
também estabelecendo uma relação de parceria e respeito com as unidades de
conservação”, revela Sérgio Mendonça.
“Quando criamos Unidades de Conservação
é importante o envolvimento da população local e esse projeto insere as pessoas
no cuidado e proteção dessas áreas, proporcionando um novo olhar e uma nova
perspectiva de renda sem agressão aos recursos naturais, de forma totalmente
inclusiva e isso é sustentabilidade”, diz o Gerente Geral de Desenvolvimento
Sustentável da Semas, Paulo Teixeira.
Na programação do Seminário
haverá a apresentação dos indicadores de avaliação do projeto; diálogo e debate
com grupos por arranjos produtivos que vai proporcionar uma troca de
experiência entre as comunidades e um levantamento com sugestões de propostas
para o futuro, que serão avaliadas para uma possível ampliação do projeto nas
comunidades ou em outro locais. O encontro contará com a participação de representantes
do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas e do Ministério do Meio Ambiente,
entre eles o diretor do departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável e de
Combate à Desertificação, Valdemar Rodrigues.
Seguem alguns exemplos do projeto: Na comunidade de Lajinha, em Serra Talhada, por exemplo, foi montado dois
sistemas simplificados de abastecimento de água, que enche duas caixas d`água
com capacidade de 10 e 5 mil litros e atende a comunidade de acordo com a
necessidade dos moradores.
Blog: O Povo com a Notícia