Equipes do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Polícia
Militar, realizaram nesta última terça-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, uma
operação em três municípios pernambucanos contra suspeitos de maus-tratos e
venda de animais silvestres expostos na internet. A operação ocorreu também em
14 Estados e no Distrito Federal.
Os
três alvos da operação em Pernambuco residem no Recife, em Surubim, no Agreste,
e em Serra Talhada, no Sertão. Eles terão de pagar multas e responderão por
crime ambiental, crime cuja pena varia de seis meses a um ano.
De
acordo com o chefe do Núcleo de Fiscalização do Ibama em Pernambuco, Amaro
Fernandes, os abusos contra os animais eram divulgados nas redes sociais. O
caso que mais chamou a atenção ocorreu em Surubim, distante 120 quilômetros da
capital. Um homem é acusado de postar uma foto de um macaco-prego cozido.
“A
imagem é chocante. O animal está em uma panela, sendo ofertado aos amigos. Isso
está exposto numa rede social, para quem quiser ver”, afirmou Amaro.
Segundo
ele, o suspeito foi identificado após um levantamento de equipe de inteligência
do Ibama. Ele será notificado com o envio do auto de infração, que impõe multa
de R$ 5 mil.
No
caso do Recife, o suspeito mora no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste, e
escreveu uma postagem, também em uma rede social, na qual comercializa dois
saguis pelo preço de R$ 100. Ele será multado em R$ 20 mil.
“Como
nesses dois casos os crimes já aconteceram, não houve autuação em flagrante.
Mas essas pessoas vão responder com base na lei de crimes ambientais”, explicou
o fiscalizador.
Em
Serra Talhada, cinco agentes ambientais federais e oito PMs realizam uma
vistoria na casa de um homem apelidado nas redes sociais de “Rei das
Serpentes”. Ele tem um canal na internet em que aparece manipulando animais
como cobras e aranhas.
“Isso
caracteriza maus-tratos. Além disso, levantamos que ele mantém os bichos em
cativeiro e isso configura crime”, observa Amaro Fernandes. A multa estipulada
é de R$ 500 para cada animal mantido em cativeiro.
Ação nacional: De
acordo com o Ibama, até as 9h30 desta terça (05), pelo menos duas pessoas
tinham sido detidas no Rio de Janeiro e uma na Paraíba. Os fiscais haviam
apreendido 30 animais, entre cobras, lagartos, aranhas e pássaros. Segundo o
Ibama, os detidos são pai e filho, e este era o responsável pela venda na
internet.
Em
sete meses de investigação, o instituto conseguiu identificar os nomes de
pessoas que vendem animais da fauna natural brasileira pela internet. Eles
usavam pseudônimos ou nomes falsos em redes sociais para vender pássaros e
répteis como cobra, camaleão e lagarto.
Blog: O Povo com a Notícia