A temporada de superdescontos prometida
pelo varejo na Black Friday começou à 0h desta sexta-feira (23), tanto nas
lojas físicas quanto, principalmente, no comércio pela internet. Este ano, são
esperados que 100 milhões de brasileiros aproveitem a data para fazerem alguma
compra, de acordo com pesquisa feira pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de
Proteção ao Crédito).
Neste
ano, mais do que em edições anteriores, os lojistas adiantaram as promoções,
que estão no ar desde o começo da semana. Contudo, segundo o Google, o pico de
consumo deve acontecer, de fato, na sexta-feira.
Uma
das redes que decidiram adiantar as promoções foi a Via Varejo, dona das Casas
Bahia e do Ponto Frio. A partir desta quinta, às 11 horas, as mil lojas da rede
vão abrir as portas já com os preços reduzidos. Em lojas como Pão de Açúcar e
Extra, a expectativa é que o movimento em um único dia supere o de seis
sextas-feiras juntas, que tradicionalmente é o melhor dia desse varejo.
Para
além das ofertas relâmpago, os órgãos de defesa dos consumidores alertam para
as pegadinhas, batizadas de “Black Fraude”. Procon-SP e Instituto Nacional de
Defesa do Consumidor (Idec), por exemplo, vão manter uma sala de crise para
atender às demandas dos clientes que enfrentarem problemas nas compras.
De
acordo com dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do
Ministério da Justiça, durante a Black Friday ocorre um aumento de cerca de 70%
nas reclamações na plataforma consumidor.gov.br, um serviço público que permite
a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução de conflitos.
O problema é que o número de ocorrências solucionadas, no entanto, permanece
igual, na média de 72,6%.
As
cinco principais categorias de queixas registradas no site são oferta não
cumprida, venda ou publicidade enganosa e serviço não fornecido; demora na
entrega ou não entrega do produto adquirido; dificuldade, atraso ou retenção de
valores a serem reembolsados; dificuldade de contato e demora no atendimento; e
produtos danificados ou que não funcionam e consequente dificuldade de troca ou
conserto.
O
advogado do Idec, Igor Marchetti, diz que os dados extraídos pela Senacon
mostram que o consumidor deve estar atento às falsas ofertas. “Recomendamos
atenção para que não sejam prejudicados por uma onda fictícia de descontos”,
diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Blog: O Povo com a Notícia