Reeleito no dia 7 de outubro
derrotando novamente Armando Monteiro, o governador Paulo Câmara tirou um
período de férias no exterior para recarregar as baterias. Porém, tão logo
voltou do descanso, o governador terá que se debruçar sobre a formação do
secretariado para o segundo governo, levando em consideração a chegada do PT
para partilhar os espaços do futuro governo.
Assim como em 2010 quando Eduardo Campos foi reeleito, o que se comenta
nas coxias palacianas é que Paulo Câmara fará um rodízio de secretarias
retirando nomes que ficaram os quatro primeiros anos numa pasta e nomeando
outros, também há informações de que alguns nomes não serão reaproveitados no
segundo governo por terem criado significativas arestas com aliados do
governador.
Tacitamente há três compromissos imediatos do governador para ajudar
aliados, que obrigam a convocação deputados eleitos para o primeiro escalão. No
chapão da Frente Popular, o governador convocará dois nomes, um federal e um
estadual, para garantir o mandato a Milton Coelho na Câmara dos Deputados e
Sivaldo Albino na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O nome de João Campos
surge com muita naturalidade para a equipe do governador, ora pelo simbolismo
do seu nome no primeiro escalão, ora pela necessidade de uma vitrine para ser
candidato a prefeito do Recife em 2020 e para não correr risco de se apagar em
Brasília pelas dificuldades do mandato, João só não será secretário se não
quiser.
Já na bancada de deputado estadual, não há um nome absolutamente natural
para a equipe, porém como há a necessidade de convocar um nome para ascender
Sivaldo Albino para a Alepe, a escolha do nome do secretariado poderá passar
por uma compensação a quem ficar de fora da mesa da Alepe, hoje disputada por
Clodoaldo Magalhães, Lucas Ramos, Isaltino Nascimento e Francismar Pontes.
Na bancada dos quatro federais eleitos pela coligação liderada pelo PP, há
um desejo do governo em convocar um nome para dar espaço a Kaio Maniçoba. Dos
quatro eleitos, apenas Sebastião Oliveira ou Augusto Coutinho poderiam assumir
vaga no primeiro escalão, mas dependendo do tamanho da secretaria ofertada,
poderá ser desinteressante a um dos dois titulares, e abrir o espaço para o
próprio Kaio que já foi secretário no primeiro governo de Paulo Câmara.
Aliado de primeira hora do governador, tendo desistido da reeleição para
ajudar na equação do PSB, Nilton Mota é tido como secretariável por vários
deputados governistas, mas ainda não se sabe qual seria a sua função no futuro
governo. Por fim, há quem defenda que José Queiroz ocupe a secretaria de
Agricultura para dar lugar a Manoel Jeronimo na Alepe, e garantir a manutenção
do PDT na base do governo. O PCdoB e o PSD, que ocupam, Cultura e Cidades,
respectivamente, deverão assumir outras funções no governo para reoxigenar suas
respectivas pastas. Até meados de dezembro, o governador deverá ter toda sua
equipe montada. (Via: Coluno da Blog Edmar Lyra)
Blog: O Povo com a Notícia