Em um tom moderado, o presidente
Jair Bolsonaro defendeu na noite desta sexta-feira (23) que a série de
queimadas na floresta amazônica não pode servir de pretexto para sanções
internacionais contra o Brasil.
Em pronunciamento em cadeia nacional, no qual evitou atacar diretamente
autoridades europeias, o presidente defendeu serenidade e disse que
"espalhar dados e mensagens infundadas dentro ou fora do Brasil não
contribui para resolver o problema".
"Incêndios florestais existem em todo o mundo e isso não pode servir
de pretexto para possíveis sanções internacionais. O Brasil continuará sendo,
como foi até hoje, um país amigo de todos e responsável pela proteção
de sua floresta amazônica", disse.
O presidente da França, Emmanuel Macron, classificou os
incêndios criminosos como uma crise internacional, prometeu levar o assunto
para o G7 e disse que, caso a situação não mude, defenderá que não seja fechado
o acordo entre Mercosul e União Europeia.
"Diversos países desenvolvidos, por outro lado, não conseguiram
avançar com seus compromissos no âmbito do Acordo de Paris. Seguimos, como
sempre, abertos ao diálogo, com base no respeito, na verdade e cientes da nossa
soberania", disse Bolsonaro.
O presidente brasileiro disse ainda que países desenvolvidos ofereceram
ajuda para reduzir as queimadas e afirmou que eles se prontificaram a
"levar a posição brasileira junto ao G7", em uma referência aos
Estados Unidos.
"É preciso ter serenidade ao tratar dessa matéria. Espalhar dados e
mensagens infundadas dentro ou fora do Brasil não contribui para resolver o
problema. E se prestam apenas a uso político e a desinformação",
disse. (Via: Folhapress)
Blog: O Povo com a Notícia