Homem
foi condenado a 16 anos de prisão, em Curaçá. Homicídio ocorreu em 1996, quando
advogada tinha 14 anos. Em 2012, mulher se formou e em 2013 foi em busca do
caso.
Uma baiana de Curaçá, no norte do estado, teve o pai assassinado em 1996,
quando tinha 14 anos. Em 2012, ela se formou em Direito, virou advogada e, na
última terça-feira (27), mais de 20 anos depois, atuou no julgamento que
condenou o homem acusado pelo crime. Assista a reportagem clicando aqui.
Após a sentença, que condenou Adão Gonçalves da Silva a 16 anos e quatro
meses de prisão em regime fechado, Janicleia de Souza Soares revelou que havia
prometido diante do caixão do pai que iria em busca do homem apontado pelo
homicídio.
“A promessa que eu fiz no dia da morte dele, no caixão dele, de que a
pessoa que cometeu aquele crime iria pagar, iria ser condenado… E ele foi
condenado apesar do tempo. Mas a sensação não poderia ser melhor, uma das
melhores noites que tive de sono. Botei a cabeça no travesseiro em paz”, disse
a advogada, que no júri atuou como assistente de acusação.
Jaime Barbosa Soares foi assassinado com um tiro no rosto. Ele tinha 44
anos. Adão Gonçalves da Silva era funcionário da vítima e suspeitava de um
envolvimento de Jaime com a filha dele, uma adolescente, o que teria motivado o
crime. Após a morte de Jaime, Adão fugiu e nunca mais foi visto em Curaçá.
Após a condenação, Janicleia revelou sentir uma sensação de paz e dever
cumprido.
“Sentimento de paz, sentimento de Justiça, sentimento de satisfação, de
ter visto o homem que matou meu pai condenado. Uma satisfação só dada por Deus
mesmo, uma satisfação de consciência tranquila, de honradez”, afirmou.
Ela conta que há 23 anos a saudade acompanha ela e a família. Além de
Janicleia, Jaime Barbosa Soares deixou esposa e outros dois filhos.
Foram mais de 10 horas de julgamento. Quatro testemunhas de acusação e
duas de defesa foram ouvidas. Sete pessoas formaram a bancada do júri.
Janicleia se manteve firme a todo momento, mas no final do julgamento, emocionada,
ela desabafou e pediu justiça.
Após a condenação, Adão Gonçalves da Silva seguiu para o presídio
Juazeiro. (Via: TV São Francisco e G1 BA)
Blog: O Povo com a Notícia