No acumulado do ano, houve
abertura de 461.411 postos de trabalho com carteira assinada.
Pelo quarto mês consecutivo, o emprego formal cresceu no
Brasil. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados nesta sexta-feira (23) mostram a abertura de 43.820 vagas de
trabalho com carteira assinada em julho, um crescimento de 0,11% em relação ao
estoque de junho.
Também houve crescimento no emprego se considerados os
resultados dos sete primeiros meses deste ano. De janeiro a julho foram abertas
461.411 vagas formais, variação de 1,20% sobre o estoque. Em 2018, no mesmo
período, as novas vagas tinham somado 448.263.
Nos últimos 12 meses, o saldo ficou positivo em 521.542
empregos, variação de +1,36%. Assim como no acumulado do ano, os últimos 12
meses tiveram crescimento maior do que no período anterior. Em 2018, o saldo
tinha ficado positivo em 286.121 vagas.
O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno
Dalcolmo, destaca que os dados do Caged revelam que houve crescimento do
emprego formal nos sete primeiros meses do ano, superior ao mesmo período do
ano anterior. No mês, o destaque foi para o setor da construção civil, que
apresentou resultados melhores que nos meses anteriores, reflexo de
investimentos recentes no setor, especialmente no estado de Minas Gerais.
“Consideramos que o mercado de
trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em consonância com o
desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de impacto estrutural e
esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na medida do
aprofundamento das reformas”, disse Dalcolmo.
Setores
Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou positivo na Construção Civil, Serviços, Indústria de Transformação, Comércio, Agropecuária, Extrativa Mineral e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Apenas Administração Pública descreveu saldo negativo.
Principal destaque do mês, a Construção Civil teve saldo de
18.721 novos postos de trabalho. Os subsetores de construção de rodovias e
ferrovias, principalmente em Minas Gerais e Pará; construção de edifícios, especialmente
em São Paulo e Pará; e obras para geração e distribuição de energia elétrica e
para telecomunicações, sobretudo em Minas Gerais e Bahia, foram os maiores
contribuidores para o resultado.
O setor de Serviços fechou o mês com saldo de 8.948 postos de
trabalho, principalmente devido à comercialização e administração de imóveis;
serviços médicos, odontológicos e veterinários; e instituições de crédito,
seguros e capitalização.
Indústria de Transformação, que teve acréscimo de 5.391 vagas
formais, deve esse resultado principalmente à indústria de produtos
alimentícios, bebidas e álcool etílico; indústria mecânica; e indústria química
de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria.
Desempenho regional
Todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior saldo foi na região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada, crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).
Das 27 unidades da federação, 20 terminaram julho com saldo
positivo no emprego. A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde
foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas,
e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.
Os piores resultados foram Espírito Santo, onde foram
fechadas 4.117 vagas, Rio Grande do Sul, com 3.648 postos a menos e Rio de
Janeiro, que fechou julho com saldo negativo de 2.845 postos.
Modernização Trabalhista
Do saldo total de julho, 6.286 vagas foram resultado da modernização trabalhista, número equivalente a 14,34% do total. A maior parte destes empregos veio na modalidade intermitente, que teve saldo de 5.546 postos, principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de obras e faxineiro. Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram 740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de caixa.
Em julho de 2019, houve 18.984 desligamentos mediante
acordo entre empregador e empregado, envolvendo 13.918 estabelecimentos, em um
universo de 12.592 empresas. Um total de 45 empregados realizou mais de um
desligamento mediante acordo com o empregador.
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