Em
entrevista, ministro do STF afirma que integrantes da força-tarefa causaram
grandes danos por abuso de poder: 'Criou-se um Estado paralelo'
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Gilmar Mendes, mostrou toda a sua indignação e irritação contra a força-tarefa
da Lava Jato durante uma entrevista ao jornal Correio Braziliense, realizada na
quinta-feira e publicada neste domingo (4). As críticas ocorrem após mensagens
vazadas mostrarem que, supostamente, o procurador Deltan Dallagnol,
coordenador da Lava Jato no Paraná, e outros integrantes do Ministério
Público Federal conversaram sobre uma investigação contra ele e o presidente da
Corte, Dias Toffoli, a partir de suas esposas.
A reação em
torno do caso, que veio à tona após divulgação das mensagens pelo site The
Intercept Brasil e veículos parceiros, começou na semana passada, com
decisões determinando o envio das mensagens ao tribunal. Na longa entrevista,
Mendes, que é crítico a determinadas ações policiais e medidas judiciais (a
exemplo da condução coercitiva) indica falhas em órgãos de correção, para
impedir erros e abusos por parte dos integrantes da força-tarefa.
O magistrado
diz que faltou experiência por parte dos procuradores e que condutas de
integrantes da Lava-Jato evidenciam a existência de uma “Orcrim”. “Há uma
organização criminosa para investigar pessoas.”
Blog: O Povo com a Notícia
