Também nesta segunda-feira (5),
presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que coloca o empreendimento no
Programa de Parcerias de Investimentos da União
O Ministério do Desenvolvimento (MDR) e o
Ministério de Minas e Energia (MME) atuarão em conjunto para estruturar o
leilão de geração de energia renovável visando tornar sustentável a operação e
manutenção do Projeto de Integração do Rio São Francisco. O objetivo é elevar o
potencial energético resultante da infraestrutura do empreendimento - estimado
em 3,5 gigawatts (GW) - e garantir recursos para o bombeamento das águas nos
eixos Norte e Leste, com custo de aproximadamente R$ 300 milhões por ano.
A proposta foi anunciada nesta segunda-feira (5), em ato que
contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao lado do
ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e do ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque. Durante a inauguração da primeira etapa da Usina
Solar Flutuante instalada no Reservatório de Sobradinho, na Bahia, também foi
assinado Decreto que coloca o Projeto São Francisco no Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI) da Casa Civil da Presidência da República.
O ministro Gustavo Canuto destacou que a iniciativa é inédita, por
apresentar a integração de leilões de geração em infraestrutura social para o
desenvolvimento regional. A previsão é que o certame ocorra no terceiro
trimestre de 2020 e possam ser gerados investimentos da ordem de R$ 15 bilhões.
“O decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro demonstra a
importância estratégica do Projeto São Francisco. Hoje a obra foi qualificada
como prioridade do Programa de Parcerias de Investimentos. Este é mais um ato
de esforço do Governo faz para a conclusão das obras e, também, operação
sustentável do sistema. Objetivo é viabilizar um custo menor da água que
chegará aos estados e à população do Nordeste”, destacou Canuto.
O Projeto São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica
do Governo Federal. Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos de canais,
Norte e Leste, o empreendimento visa garantir a oferta de água com regularidade
a 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados do Ceará, Paraíba,
Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde a estiagem é frequente.
Além da possibilidade de reduzir a evaporação de água em
reservatórios e canais ao longo do projeto, análises técnicas também apontam
que, nos dois casos – placas solares flutuantes e placas terrestres de geração
de energia solar –, não há necessidade de desapropriação de terras. Os estudos
indicam que esse modelo pode beneficiar outras regiões no uso de reservatórios
já existentes e ampliar a capacidade potencial de geração de energia do País,
hoje de 166 GW, somadas todas as fontes de geração.
Sobradinho
A usina solar flutuante em Sobradinho é o maior projeto de
pesquisa e desenvolvimento desta tecnologia instalado em reservatório de
hidrelétrica do Brasil, com investimento de R$ 56 milhões. Deverá servir de
modelo-base para estruturar a iniciativa similar ao longo dos canais e
estruturas do Projeto São Francisco. O piloto do reservatório da Companhia
Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) utiliza tecnologias desenvolvidas pelo
Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp).
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