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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Ministro da Educação sugere que Congresso faça lei para definir escolha de reitores

Assista o vídeo:


O ministro Abraham Weintraub (Educação) quer que deputados e senadores sejam ouvidos na escolha de reitores de universidades federais. Ele concedeu entrevista ao Poder360 na segunda-feira (19).

O ministro faz encontros frequentes com grupos de congressistas no ministério. Relatou que em suas reuniões tem sugerido que mudem o sistema atual em que alunos, professores e funcionários votam e formam lista tríplice. “Acho que vai surgir um projeto de lei”, disse, sem especificar quando.

Weintraub defende metas para professores universitários. Quem quiser dar só 8 horas de aula por semana, como é hoje, terá de publicar mais artigos científicos.

Também pretende cobrar reitores que criaram cursos sem autorização, para os quais já existem professores contratados, mas não alunos: não há sequer vagas oferecidas nos vestibulares. “Quem pariu Mateus que o embale”, disse Weintraub.

Essas medidas ficarão para depois da implantação do programa Futurese, que, na estimativa dele, poderá aumentar de 20% a 30% os recursos para as universidades por meio de doações, exploração de patentes e de imóveis.

O ministro minimizou o fato de que reitores de 4 das 68 instituições federais, incluindo a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), declararam que não pretendem entrar no programa porque terão de se submeter a um comitê de gestão dos recursos, o que irá, dizem, reduzir autonomia.

Comparou à criação da Ebserh, estatal fundada no governo de Dilma Rousseff para administrar os hospitais federais. “Esse mesmo grupo dogmático falou ´não quero´. Agora eles batem na porta e perguntam será que da para aderir?´”, disse o ministro.

A consulta pública do Future-se foi estendida até 29 de agosto. Depois de analisadas as propostas de mudanças, será enviado um projeto de lei ao Congresso.

Weintraub afirmou que é aberto ao diálogo, mas que a esquerda se recusa a discutir números. “Acham que a matemática atende ao capitalismo”.

Blog: O Povo com a Notícia