Na
noite de ontem (7), os Policiais Civis de Pernambuco se reuniram em assembleia,
na Sede do Sinpol, para deliberar sobre a campanha salarial da categoria.
Insatisfeitos com o tratamento dispensado pelo Governo até agora - que se
comprometeu a negociar após o fechamento do relatório financeiro do último
quadrimestre, em maio, e até agora não cumpriu a promessa - os Policiais Civis
decidiram endurecer e pressionar de outras formas.
Nesse sentido, a assembleia decidiu convocar uma grande
passeata, que acontecerá no dia 10 de setembro, às 16h, com concentração também
na Sede do Sinpol. Caso o governo não estabeleça uma mesa de negociação até
essa data, ao final do ato, a categoria poderá deliberar pelo abandono coletivo
do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). Se isso realmente acontecer,
diante do baixo efetivo da corporação, praticamente todas as delegacias e
institutos da Polícia Civil de Pernambuco deixarão de funcionar à noite, finais
de semana e feriados.
Sobre a nova estratégia, o presidente do Sinpol, Áureo
Cisneiros, foi enfático: “de forma alguma queremos prejudicar a população. Mas
a verdade é que ela já vem sendo prejudicada, à medida que não conseguimos
desempenhar nosso trabalho da forma ideal. Os Policiais Civis de Pernambuco não
estão pedindo aumento salarial, querem apenas respeito, justiça e condições de
trabalho para atender melhor o povo pernambucano”, revela.
Os presentes ainda decidiram adicionar à pauta de
reivindicações, como um dos itens centrais, a regulamentação da Lei
Complementar 155, que em 2010 aumentou a carga horária da categoria em 1/3, sem
a devida compensação financeira – o que na prática configura uma ilegal redução
salarial.
Blog: O Povo com a Notícia