O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
disse hoje (6) que o governo espera que a votação em segundo turno da proposta
de reforma da Previdência seja encerrada até amanhã (7) na Câmara dos
Deputados. Onyx deu a declaração após reunir-se com o presidente da Casa,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), na residência oficial da Câmara, para definir as
estratégias de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da
Previdência.
“Queremos a nova Previdência, se possível, aprovada no início da noite de
amanhã. Também sabemos que a oposição deverá apresentar uma série de destaques.
Precisamos construir uma estratégia para enfrentar isso. A gente já espera que
a oposição cumpra seu papel democrático de se contrapor”, afirmou Onyx.
Segundo ele, o início da discussão deve ocorrer hoje à noite, quando terá
de ser votada a quebra de interstício (intervalo) de cinco sessões do plenário
entre o primeiro e o segundo turnos.
Onyx destacou que a expectativa do governo é repetir o bom resultado da
votação em primeiro turno, no mês passado, quando o texto-base foi aprovado por
379 votos favoráveis a 131 contrários.
Assim como na votação em primeiro turno, serão necessários 308 votos para
que a matéria seja aprovada e enviada ao Senado, onde também será analisada em
dois turnos de votação.
Os acordos entre os partidos para aprovar concessões à reforma da
Previdência reduziram para R$ 933,5 bilhões a economia estimada em 10 anos. Ao
encaminhar a proposta ao Legislativo, o governo federal pretendia gerar uma
economia de R$ 1,236 trilhão, também no período de 10 anos.
Oposição: Na votação em segundo turno, os partidos podem apresentar apenas destaques
supressivos, ou seja, que retirem trechos do texto aprovado em primeiro turno.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a
oposição apresentará os nove destaques a que tem direito para tentar retirar
pelo menos quatro itens do texto da reforma. Estão no foco de partidos da
oposição a retirada de trechos como a pensão para mulheres, aposentadorias
especiais, pensão por morte e as regras de transição.
“Vamos entrar no segundo turno esperando que, neste recesso, os
parlamentares tenham sido sensibilizados nas suas bases para alguns temas que,
na minha opinião, são muito cruéis”, disse Jandira. Segundo a deputada, a
oposição trabalhará na “redução de danos” ao trabalhador.
Parlamentares de partidos da oposição ainda definem estratégias para
obstrução da sessão que analisará a reforma e, assim, tentar adiar a votação do
texto. (Via: Agência Brasil)
Blog: O Povo com a Notícia