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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Recapturado, mandante da morte de promotor relata fuga cinematográfica


Sorridente, usando camisa de grife e aparentando tranquilidade, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa,  condenado por ter sido mandante da execução do promotor de Itaíba Thiago Faria Soares, contou pela primeira vez os detalhes de sua fuga da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, em fevereiro de 2019. 

Recapturado na cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul,  na última segunda-feira (29), ele desembarcou no Recife sob forte esquema de segurança e, durante depoimento na manhã desta quarta (31), disse que conseguiu escapar do território pernambucano pelo mar.

Zé Maria de Mané Pedro, como é conhecido, negou ter sido o responsável por planejar a fuga em massa da unidade prisional, que resultou na morte de um sargento da Polícia Militar responsável pela segurança externa. Durante o interrogatório, no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), bairro de Afogados, o fazendeiro alegou ter tomado a decisão de fugir “no bolo” com os outros presos, e disse que caminhou até um ponto da praia, onde pegou um barco até o estado da Paraíba.

Após atracar em território paraibano, ele disse ter contado com  a ajuda de parentes para chegar até a Bolívia, onde ficou escondido durante boa parte da sua empreitada antes de ser preso no Mato Grosso do Sul. Não foram revelados outros detalhes da fuga.

Após o depoimento, Zé Maria almoçou, tomou banho e foi escoltado por um forte aparato nas instalações internas do Departamento. Parte do percurso foi feito sem algemas, com o condenado colocando as mãos para trás. Parentes do preso, incluindo a esposa e um filho, foram até ao Depatri.

No início da tarde, o fazendeiro foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, onde permanecerá por tempo indeterminado. Já se sabe que o Governo de Pernambuco vai solicitar a transferência de José Maria para um presídio federal de segurança máxima fora do estado. Por questões de segurança, a Secretaria de Ressocialização (seres) não comenta os detalhes da transferência. (Via: Portal OP9)

Blog: O Povo com a Notícia