O Homem da Meia-Noite trouxe a bandeira da
conscientização ambiental para o desfile desse ano, com um arco-íris escrito
‘lute como uma praia do Nordeste’ nas costas, lembrando o óleo que atingiu
praias em 2019, e a roupa exaltando o Sertão. Uma multidão acompanhou a saída
do Calunga, que aconteceu à meia-noite do sábado (22) para o domingo (23), em Olinda.
“Mais
uma vez, a gente vem exaltando a vida. Nos últimos anos, o Homem da Meia-Noite
vem falando disso e da resistência do nosso povo, principalmente o nosso povo
sertanejo. Ele vem mais uma vez falando a cara do nosso povo, o que nós
precisamos para sermos felizes”, disse presidente do Homem da Meia-Noite, Luiz
Adolpho.
O
Calunga veio vestido com uma cartola branca e um paletó branco, bordado com
mandacarus verdes. Nas costas, era possível também ver referência à seca e ao
tema deste ano, “Chover”, que buscou conscientizar às pessoas sobre a
importância da água.
A
roupa também com teve lembrou a Asa Branca, eternizada por Luiz Gonzaga, e ao
filme “Bacurau”. O relógio, que muitos anos vinha dentro da roupa, veio
pendurado do lado de fora.
Assim
como em outros anos, a Mulher do Dia saiu especialmente para encontrar o amado.
Neste ano, o casal de gigantes completou 30 anos de casamento na folia
olindense. O encontro foi acompanhado por uma multidão, que seguiu o cortejo
dos dois amados.
O
Calunga homenageou, neste ano, a banda Cordel do Fogo Encantado, o compositor
Rogério Rangel e o Maestro Oséas, que rege há anos a orquestra que anima o
desfile do gigante. A banda fez uma homenagem ao gigante mais amado de Olinda,
cantando antes da meia-noite.
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