Um júri popular decide, nesta quinta-feira (4), o destino do policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar um apoiador do PT, em Foz do Iguaçu, Paraná, em julho de 2022. A questão-chave a ser determinada é se o crime foi motivado por razões políticas. Se condenado, Guaranho pode enfrentar até 30 anos de prisão.
O Ministério Público do Paraná (MPE) irá pleitear a condenação por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum. Segundo a acusação, a motivação fútil do crime foi a "antagonia político-partidária" entre Guaranho e a vítima, e o réu também teria colocado outras vidas em risco ao disparar sua arma.
A vítima, o guarda municipal Marcelo Arruda, comemorava seu 50º aniversário em uma festa temática do PT quando Guaranho invadiu o local. De acordo com a denúncia do MP, Guaranho teria proferido a frase "petista vai morrer tudo" antes de atirar.
A defesa de Guaranho, por outro lado, nega que a motivação do crime tenha sido política e irá solicitar a absolvição do réu. Segundo os advogados de Guaranho, o policial penal agiu em legítima defesa, alegando que Arruda teria apontado uma arma para ele no momento do crime.
O julgamento contará com a participação de dez testemunhas, cinco convocadas pela defesa de Guaranho e cinco pelo MP.
A penalidade para homicídio qualificado pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Se o júri optar por uma condenação por homicídio simples, a pena pode ser de 6 a 20 anos. No mês passado, Guaranho foi demitido de seu cargo de policial penal por Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.
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