A mulher de 27 anos que levou um tapa de uma policial militar por espancar a própria filha teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, após passar por audiência de custódia.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a audiência de custódia ocorreu durante o plantão judiciário, no sábado (27), no Fórum de Vitória de Santo Antão, cidade da Zona da Mata em que o caso aconteceu.
A mulher, que não teve o nome divulgado para preservar a identidade da criança, foi encaminhada da Delegacia de Vitória de Santo Antão para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, localizada no Engenho do Meio, bairro da Zona Oeste do Recife.
Ainda segundo o TJPE, o processo referente ao caso foi distribuído para a 1ª Vara Criminal de Vitória de Santo de Antão.
Entenda:
Na sexta-feira (26), uma policial militar foi filmada dando um tapa no rosto de uma mulher depois que viu marcas de espancamento no corpo de uma criança de 11 anos, filha dela;
Segundo a conselheira tutelar Alzenir Vasconcelos, que foi acionada por vizinhos da criança, a mãe bateu na menina porque foi acordada pela briga de outros dois filhos que estavam jogando videogame;
A PM e o Conselho Tutelar também foram acionados pelo Hospital João Murilo de Oliveira, onde a garota foi socorrida;
Ainda de acordo com Alzenir, a criança apresentava hematomas, dificuldade para andar e luxações no braço;
Ela foi avaliada pelo ortopedista e pelo pediatra da unidade de emergência e, após receber alta, ficou sob a responsabilidade do Conselho Tutelar e foi levada e um local seguro fora da cidade.
Policial reconheceu erro e aguarda apuração de conduta
A policial Fabíola Aniely da Conceição, que deu o tapa, admitiu ter errado através de um pronunciamento em vídeo, publicado em suas redes sociais. Nele, a agente de segurança disse que irá cumprir a punição, caso seja penalizada pelo tapa que deu na mãe da criança espancada. A Polícia Militar está investigando a conduta.
Nas redes sociais, Fabíola disse estar recebendo apoio em relação ao caso, inclusive dos superiores dela na Polícia Militar (PM).
O g1 PE, procurou a Polícia Militar para questionar se a instituição vai se pronunciar sobre a fala da agente. Em nota, a PM disse que, "para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial, o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado" e que "outras informações sobre o caso serão repassadas após a conclusão do referido procedimento".
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