A policial militar Fabíola Aniely da Conceição, que foi filmada dando um tapa no rosto de uma mulher que espancou a própria filha de 11 anos, se pronunciou sobre o ocorrido em um vídeo publicado nas redes sociais. O caso aconteceu na sexta-feira (26), em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco.
O pronunciamento de Fabíola Aniely, que tem um perfil privado no Instagram, foi repostado pela página "Fato Vitória", que publica notícias locais da cidade nessa rede social. No vídeo, a policial reconhece que errou ao dar um tapa na mãe da criança agredida, que tem 27 anos e foi presa por "lesão corporal por violência doméstica/familiar".
“Se for punida, eu vou cumprir. Eu vou cumprir porque estamos sujeitos à falha. Eu falhei, porém, atrás de uma farda, existem seres humanos. Enquanto o serviço de segurança pública for efetuado por pessoas e não for substituído por máquinas, robôs ou algo parecido, vai haver falhas, e, por trás de uma farda, existem pessoas, homem, mulher e mãe”, disse a policial.
No vídeo, Fabíola Aniely também afirmou que, apesar da possibilidade de ser punida pela abordagem truculenta à mãe agressora, sua maior preocupação é com o estado de saúde da criança espancada.
“Hoje minha maior preocupação não é o engajamento, não é a quantidade de xingamento que eu estou recebendo, não é se eu vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como é que ela está, porque ela sofreu agressões físicas e principalmente psicológicas”, declarou.
O g1 tenta contato com a policial, não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. No vídeo, a PM contou que tem recebido apoio, inclusive dos superiores dela na Polícia Militar (PM).
“Eu tive apoio do começo ao fim. Tanto os meus colegas que estavam de serviço no dia quanto os que estavam de folga, vem me ajudando até hoje. O oficial que estava no dia me deu maior apoio, o comandante do batalhão também, porém eu faço parte de uma instituição militar onde tem vários procedimentos que são de praxe”, afirmou Fabíola.
O g1 procurou a Polícia Militar para questionar se a instituição vai se pronunciar sobre a fala da agente. Em nota, a PM disse que, "para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial, o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado" e que "outras informações sobre o caso serão repassadas após a conclusão do referido procedimento".
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