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terça-feira, 30 de abril de 2024

Vídeo: “Criminosos de farda”, diz soldado que denunciou tortura na PMDF

O policial militar que denunciou ter sido vítima de tortura durante um curso de formação de Patrulhamento Tático Móvel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) diz que as acusações, que ganharam as páginas de notícia nessa segunda-feira (29/4), não são para ferir a corporação, mas para denunciar “criminosos de farda”. Danilo Martins, 34 anos, concedeu entrevista ao Metrópoles e detalhou as agressões que sofreu em 22 de abril.

Na entrevista, o soldado descreveu as oito horas de terror que sofreu, desde os dois primeiros minutos do curso. As agressões começaram após ele se recusar a desistir da formação. Danilo contou que, inicialmente, pensava que era uma estratégia, com o objetivo de já causar a desistência. “Quando eu desisti, lembro que o tenente comemorou”, disse. “Eles diziam que à noite seria pior”, relembra.

Danilo não soube dizer ao certo o que teria motivado a perseguição contra ele. “Eu já tinha um destaque, sou atleta, morei fora, escrevi livro”, comentou.

Vídeo:


O soldado é pastor há 13 anos e, apesar de não se identificar como homem gay, já foi líder religioso em igrejas LGBTs. Aos 15 anos começou a se dedicar ao futebol. Já atuou no Palmeiras, no Cruzeiro e no Atlético Goianiense. Além disso, jogou na Austrália e nos Estados Unidos.

O soldado disse que, após a denúncia, recebeu comentários e mensagens de outras pessoas que também foram brutalmente agredidas no curso. “Sei que não fui o único”, contou. (Matéria na íntegra no Metrópoles, clique aqui).

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