O policial penal da Paraíba que atirou no professor de ginástica Marlon de Melo em uma briga de trânsito em Olinda foi à delegacia, prestou depoimento e teve a arma recolhida. A vítima, que tinha 31 anos, morreu na quarta-feira (8), após cinco dias internado no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife.
A informação sobre o depoimento do policial penal foi confirmada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (9). O policial penal foi identificado como Claudomerisson José do Nascimento. O g1 procurou a defesa dele, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a Polícia Civil, Claudomerisson se apresentou na 9ª Delegacia de Homicídios, em Olinda, na quarta (8). Ele estava acompanhado pelo advogado Rainier Dantas, que o defende.
Claudomerisson levou a arma, que pertence à Polícia Civil da Paraíba, onde ele é servidor público. O armamento foi apreendido para passar por perícia.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, após prestar depoimento, o policial foi liberado pois, a identificação dele ultrapassou o tempo de captura exigida para flagrante.
A discussão de trânsito aconteceu na manhã do sábado (4), quando Marlon voltava para casa depois de dar uma aula de ginástica coletiva. À noite, o policial penal procurou uma delegacia para informar que tinha reagido a uma tentativa de assalto.
Na quarta-feira (8), o delegado Francisco Océlio disse à TV Globo que o policial penal não cumpriu o protocolo de ligar para o 190 após o crime, mesmo após ter atirado contra a vítima.
Ainda segundo o delegado, o policial penal contou, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ligou para o Centro Integrado de Operações de Defesa Social para informar o que tinha acontecido, mas essa ligação não foi confirmada.
Marlon foi baleado no tórax e no braço, tendo o primeiro tiro perfurado o pulmão e se alojado na coluna dele.
O caso é investigado como homicídio e, de acordo com a Polícia Civil, "outras diligências estão sendo tomadas dentro do processo".
Paraíba investiga conduta
Procurado pelo g1, o governo da Paraíba informou que vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do policial penal. Esse processo, no entanto, vai correr em paralelo ao inquérito policial aberto em Pernambuco.
O governo paraibano, embora questionado diversas vezes, não respondeu se o Claudomerisson foi afastado das funções. (Via: G1 PE)
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Facebook e Instagram.