O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra um advogado acusado de corrupção ativa por ter oferecido dinheiro a um juiz Federal do Espírito Santo em troca de uma decisão favorável em processo.
Segundo as investigações, o incidente ocorreu em março de 2021, quando o advogado anexou aos autos uma petição onde oferecia uma vantagem financeira ao magistrado, com o intuito de influenciá-lo a realizar, omitir ou adiar atos relacionados à sua função.
Em meio ao texto da petição inicial, o advogado escreveu: "neste exato momento, em que redijo esta peça, poderia anexar um cheque em nome de Vossa Excelência com a quantia que considerasse conveniente."
Diante da oferta, o juiz responsável pelo caso encaminhou os autos ao MPF e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para as providências necessárias.
Durante as investigações, a parte representada pelo advogado afirmou que desconhecia a oferta de suborno ao magistrado e não compreendia a razão pela qual o advogado havia tomado tal decisão.
Ao ser convocado, o advogado disse que o seu depoimento não traria nenhum elemento de prova para a elucidação dos fatos.
O MPF enfatizou em sua denúncia que o parágrafo contendo a oferta de vantagem indevida ao juiz não possui relação com os parágrafos anterior ou subsequente na petição, destacando-se de maneira evidente e solicitou que a denúncia seja acolhida e o advogado, condenado por corrupção ativa.
Em nota, segundo o portal Migalhas, o advogado afirmou que não praticou os atos imputados a ele pelo MPF, e disse que sequer foi ouvido no inquérito instaurado pela Policia Federal (PF), afirmando sua absoluta inocência.
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