Em uma entrevista ao podcast Self Centered, o embaixador americano Richard Grenell disse: "Se quiser evitar guerras, você deve ter um filho da puta como secretário de Estado." Ele usou a frase para se descrever como um negociador durão, que não se prende a questões morais e está disposto a fazer acordos com qualquer um para beneficiar os Estados Unidos com o menor custo possível.
Grenell tentava, no final de 2024, convencer o presidente recém-eleito Donald Trump de que era a melhor escolha para liderar o Departamento de Estado, responsável pela diplomacia dos EUA.
Em 2025, a expressão "filho da puta" passou a ser usada contra ele por críticos republicanos.
Eles acreditam que Grenell, em seus acordos internacionais, como com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e agora com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, pode estar ignorando os interesses da base de apoiadores de Trump.
Grenell, um republicano fiel ao movimento "Make America Great Again" desde o primeiro mandato de Trump, não conseguiu o cargo de secretário de Estado, que ficou com o senador da Flórida Marco Rubio. Rubio, que já foi rival de Trump nas primárias de 2016.
Mesmo assim, Trump deu a Grenell o papel de "enviado presidencial para missões especiais", uma posição flexível, sem dedicação exclusiva, parecida com a de outros enviados de Trump, como Steve Witkoff, que ajudou no acordo de paz entre Hamas e Israel.
Nesse cargo, Grenell se tornou uma figura influente na política externa de Trump, especialmente na América Latina. Segundo o UOL, ele participou de pelo menos quatro reuniões secretas com o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o assessor Celso Amorim, ajudando a resolver o maior problema diplomático da história entre Brasil e Estados Unidos.
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