Nas imagens, é possível ouvir gritos de desespero vindos de dentro do imóvel. “Sem esculacho!” e “Vamos nos entregar!” são as frases repetidas pelos criminosos enquanto agentes cercam o local.
Poucos minutos depois, uma intensa troca de tiros toma conta da cena. Duas pessoas — identificadas como “soldados” do tráfico — foram mortas. O chão da casa ficou tomado por muito sangue, em um dos registros mais impactantes da ação.
A operação
A ofensiva, que faz parte da Operação Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil homens das polícias Civil, Militar e Federal, além do Bope e da Core, para cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho.
Desde as primeiras horas da madrugada, fortes tiroteios e barricadas em chamas foram relatados em diversos pontos dos complexos do Alemão e da Penha.
Um vídeo divulgado pela própria corporação mostra quase 200 disparos em apenas um minuto, em meio a colunas de fumaça e explosões.
De acordo com o Palácio Guanabara, até a publicação desta reportagem, 64 pessoas morreram, sendo quatro policiais e 64 suspeitos, e outras 81 foram presas.
Caos na cidade
Em represália à ação policial, criminosos orquestraram ataques em vários bairros do Rio. Veículos foram tomados e usados para bloquear vias importantes, como a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier.
Entre os mortos estão quatro policiais que participavam da operação:
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos — conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos — da 39ª DP (Pavuna);
Cleiton Serafim Gonçalves — policial do Bope;
fna mirHerbert — também integrante do Bope.
O governador decretou luto oficial de três dias e classificou a ação como “um golpe histórico contra o crime organizado no estado”.
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