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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Justiça reconhece direito à aposentadoria especial para pedreiros expostos a cimento e cal

Uma recente decisão judicial acende uma luz para milhares de profissionais da construção civil, confirmando um direito que, muitas vezes, é desconhecido: a Aposentadoria Especial para pedreiros, serventes e mestres de obras que lidam diariamente com agentes químicos nocivos, como cimento, cal e álcalis cáusticos.

O entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reforça que a exposição habitual e permanente a esses produtos, essenciais na rotina da construção, representa um risco real à saúde do trabalhador e deve ser considerada para fins de benefício previdenciário diferenciado.

"É um avanço importante para os trabalhadores da construção civil. A Justiça reconhece que o contato direto e contínuo com produtos como cimento, cal e álcalis cáusticos representa um risco real à saúde e, por isso, deve ser considerado para fins de aposentadoria especial," explica o advogado Eddie Parish, sócio do escritório Parish & Zenandro Advogados e especialista em causas contra o INSS.

Exposição nociva

A rotina da construção civil, apesar de fundamental para o desenvolvimento urbano, expõe os trabalhadores a condições que, a longo prazo, comprometem a saúde. A poeira do cimento, a cal e os diversos aditivos químicos utilizados são classificados como agentes nocivos, capazes de causar problemas respiratórios e de pele.


A decisão judicial que reconhece essa insalubridade como atividade especial cria um precedente crucial e pode beneficiar inúmeros profissionais que, por anos, estiveram sob essas condições. "Muitos trabalhadores da construção civil desconhecem que têm esse direito. O que a Justiça fez foi reafirmar que a lei deve proteger quem coloca a própria saúde em risco para garantir o sustento da família," destaca o advogado.

Para que o trabalhador da área comprove seu direito e garanta a aplicação justa da Aposentadoria Especial, a documentação é essencial. O principal documento é o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), além de laudos técnicos, como o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho), que detalham a exposição aos agentes nocivos.

O especialista alerta que o processo exige atenção, já que o INSS nem sempre reconhece o direito de forma automática:

"Cada caso precisa ser analisado com atenção, porque nem sempre o INSS reconhece automaticamente o direito à aposentadoria especial. Por isso, é essencial procurar um advogado especialista em Direito Previdenciário, capaz de reunir provas e conduzir o processo de forma segura," orienta Parish.

Se você atua ou já atuou na construção civil e acredita ter trabalhado em condições insalubres, a recomendação é buscar orientação jurídica especializada. Esse passo pode ser decisivo para garantir um benefício mais justo e proteger o futuro após anos de dedicação e risco à saúde.

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