Através da divulgação de um manifesto, os Conselhos de Administração e Fiscal do Distrito de Irrigação Senador Nilo Coelho denunciam que integrantes do grupo dos Sem-Terra estariam destruindo áreas da reserva legal nas áreas administradas pela Codevasf. De acordo com o manifesto, o governo fechou os olhos para o caso.
Segundo os produtores, cada um dos 2.309 usuários pagam mensalmente R$ 115 de despesas de administração, operação e manutenção da infraestrutura dos 23 mil hectares irrigáveis localizados em Pernambuco e Bahia. E os valores são repassados à Codevasf. Mas os “invasores” estariam fazendo uso de água dos canais e destruindo o bioma Caatinga.
De acordo com a denúncia, cerca de 1.500 hectares foram invadidos pelo grupo e a invasão já dura mais de 18 meses. Da área ocupada, 30 hectares (que corresponde a cinco estádios de futebol) tiveram o bioma Caatinga devastado.
O grupo ressalta no manifesto que, apesar de existir um mandado de reintegração de posse desde agosto de 2012, nada foi feito para retirada dos Sem-Terra do local. No entanto, a Codevasf levou o caso ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), à Policial Civil, à Polícia Militar da Bahia, à Polícia Federal, ao Ministério Público da Bahia e ao Ministério Público Federal.
Segundo o manifesto, na Bahia existem nove grupos que ocupam cerca de 500 hectares na Bahia nas cidades de Maniçoba, Mandacaru, Curaçá, entre outras. Assinam o manifesto representantes dos pequenos e médios produtores do Distrito e da Agrobrás Agrícola T Brasil.
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