Apesar de estar ainda muito abaixo da participação masculina
nas eleições deste ano, o número de candidaturas das mulheres teve um aumento
de mais de 15% nesta eleição, se comparado a 2010. O índice, de acordo com o
Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que antes estava em 16%, está em 31%. Os
homens aparecem em 2014 com 68% das participações. No entanto, em 2010, esse
número era maior: 83% das candidaturas. Casos como o de Sara, o de Verine
e o de Thaize, que se candidatam para preencher a cota feminina de 30% exigida
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram criticados pelo
ex-presidente da Corte, o ministro Marco Aurélio Mello, que classificou a
prática como uma “colocação de laranjas” na disputa. “Nós não podemos
ficar na ótica de que temos um Brasil do faz de conta. O Brasil é republicano
e, a partir do momento em que os partidos políticos não observam o que é
previsto na legislação, cabe ao Ministério Público interferir e representar
contra o partido político”, ressaltou, no lançamento da campanha nacional que
buscava incentivar a participação feminina nas eleições, lançada em março deste
ano. Com essa fala, o ministro defendeu a criação de
uma punição para as legendas que não cumprem com o determinado, já que, hoje em
dia, nenhuma sanção está prevista. No Congresso, as representantes do sexo
feminino são apenas 9 dos 81 senadores e 45 dos 513 deputados do
Brasil. Na Bahia, o caso é mais crítico ainda, quando se fala em
deputados federais. O estado, que tem 39 cadeiras reservadas em Brasília,
elegeu, em 2010, apenas uma deputada mulher. No Senado, o estado possui uma
senadora entre as três vagas que tem direito. A desproporção se repete nos
Legislativos e Executivos estaduais e municipais.
Blog: O Povo com a Notícia