Mais de 20 mil downloads já foram feitos no aplicativo
"Sistema de Informação para Proteção à Pessoa" (SIPP), idealizado
pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a população
ajudar a identificar criminosos e localizar pessoas desaparecidas na Bahia. O
software é considerado o primeiro do tipo no Brasil pela Secretaria de
Segurança Pública. Em quatro meses, cinco dos suspeitos com rostos expostos
foram mortos e 18 detidos. Em média, 10 denúncias de desaparecidos chegaram
pelo aplicativo. Esse balanço foi informado pelo delegado Jorge Figueiredo,
diretor do DHPP e criador do programa, em conversa com o G1 nesta
segunda-feira. A ferramenta gratuita está disponível para smartphones com o
sistema operacional Android ou IOS. Segundo Figueiredo, o aplicativo dispõe de
banco de dados com informações de unidades policiais do interior do estado e
possibilita ao usuáro identificar, por meio de fotografias, os principais
procurados."Ele permite que você veja os procurados do DHPP, do interior,
entre homicidas e traficantes, do Denarc [Departamento de Narcóticos],
assaltantes de bancos e, até a semana que vem, estamos atualizando o banco de
dados e incluindo mais assaltantes e procurados", explica.
Há quase 200 suspeitos cadastrados e, na medida em que são
capturados, novos nomes são inscritos no sistema. De acordo com o delegado,
atualmente, são 64 procurados do DHPP, 40 do Denarc, 14 do interior, 47 do
Baralho do Crime e 10 assaltantes de bancos.
"É uma expansão muito grande. A gente tem um canal pelo
Facebook, que é muito usado, mas nem todo mundo vai para a tela do computador.
O celular tem poder catalisador muito grande, se processou de maneira muito
mais rápido", comenta.
No caso das pessoas desaparecidas, o banco de dados fornece
informações como a data de nascimento e os telefones para contatos. "Nós
podemos prender as pessoas, mas não fazer com que um ente perdido volte. Uma
das coisas mais interessantes desse aplicativo é poder trazer essas pessoas
desaparecidas de volta", avalia.
Três funções disponíveis pelo SIPP estão restritas à utilização
por profissionais da segurança pública: o Portal SSP, no qual é possível
consultar a ficha criminal e se há mandados de prisão em aberto; o Sicohnar,
que reúne um banco de dados cruzando informações do DHPP e Departamento de
Narcóticos (Denarc); e o Termômetro DHPP, em que consta estatística diária
sobre o registro de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). "Esse
sistema é de suma importância para a Polícia Civil porque você faz com que a
população passe a interagir com a polícia. Ela tem condições agora de estar
auxiliando, de se sentir parte do processo", descreve o delegado.
O sistema está disponível para Android nas lojas de aplicativos.
No caso dos usuários de IOS, é possível baixar o app pelo site da Polícia Civil.
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