Um dia após a PM desativar um explosivo colocado em um muro de um dos presídios do Complexo do Curado (antigo Aníbal Bruno), na Zona Oeste do Recife, a unidade volta a registrar tumulto. Revoltados com a demora na entrada das visitas, detentos do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (Pjallb), que faz parte do conjunto, iniciaram uma confusão na manhã deste sábado (31). Os presidiários jogaram pedras contra parte da guarda interna, que revidou com gás de pimenta. O tumulto começou por volta das 7h30. Ao menos três internos teriam ficado feridos, sendo levados ao Hospital Otávio de Freitas, na mesma região.
A demora na entrada das visitas ocorre porque os agentes penitenciários iniciaram a Operação 100% Legal neste sábado. Eles estão cumprindo as regras para revistas de visitantes como determina a legislação, impedindo a entrada de comida levada pelos parentes, por exemplo. A restrição revoltou os detentos.
"Desde 2011 existe um acordo coletivo firmado entre o governo e sindicato de que, pela quantidade reduzida de agentes penitenciários, a entrada das visitas seria às 8h30. O secretário [Pedro Eurico, de Justiça] prometeu uma coisa que a gente não poderia cumprir: a entrada às 7h. Com a demora, as mulheres começaram a gritar e a balançar o portão. Aí os presos começaram a jogar pedras e teve início a confusão", explicou o vice-presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-PE), João Carvalho.
A decisão da categoria de iniciar a Operação 100% Legal foi tomada após assembleia realizada na noite de quinta (29), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. A assessoria de imprensa do Sindasp-PE informou que ela será mantida no domingo (1º). Procurada pela reportagem, a Secretaria de Ressocialização ainda não se pronunciou sobre o tumulto. (G1 PE)
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