A noiva do promotor Thiago Farias, assassinado no dia 13 outubro de 2013, Mysheva Martins, entrou com contradição durante os depoimentos gravados pelas polícias Civil e Federal. A equipe da TV Jornal teve acesso com exclusividade aos vídeos em que ela dá versões diferentes sobre os momentos que antecederam o homicídio na cidade de Itaíba, Agreste de Pernambuco. No primeiro depoimento, Mysheva informou que não dormiu com o promotor na noite anterior ao assassinato e que ele teria passado o domingo de plantão na cidade de Garanhuns, também no Agreste. A versão dela gera dúvidas por que na escala publicada no Diário Oficial o nome de Thiago Faria não aparece.
No depoimento realizado na sede da Polícia Federal (PF), Mysheva Martins mudou o discurso e disse que o promotor sempre estava de folga aos domingos. Ela também contou que passou a noite com Thiago Faria no município de Águas Belas, na noite anterior ao crime. A Mysheva se contradiz, também, quando fala sobre o roteiro feito pelo casal. Para a Polícia Civil, ela afirma que os dois passaram em um escritório para entregar alguns documentos. Já para a Polícia Federal, ela contou que eles foram de carro pegar os convites do casamento na fazenda.
Quando o casal pegou a estrada, na rodovia PE-300, a noiva do promotor informou que percebeu a aproximação do veículo dos criminosos, como se quisesse fazer uma ultrapassagem. Mysheva ainda afirmou que viu quando um dos suspeitos, que estava no banco do passageiro, pegou a arma para atirar. Ela detalhou, inclusive, as características físicas dos criminosos. No segundo depoimento, Mysheva disse que percebeu a ação dos assassinos apenas quando escutou os primeiros disparos. A noiva de Thiago Faria também se contradiz em relação ao executor do crime. No primeiro depoimento, ela informou que o passageiro do carro estava com uma metralhadora por cima do motorista. Mas no último depoimento, aos policiais federais, Mysheva mudou a história e disse ter tido a impressão de ver o atirador apenas ao lado do condutor do carro.
Depois do primeiro tiro, Mysheva fala que o carro dos suspeitos vai embora, mas depois volta. Segundo o primeiro depoimento, nesse retorno os assassinos estavam atrás dela e, por isso, foi preciso pular de uma ribanceira e rolar, para se defender. Ela também teria se fingido de morta. No último depoimento, a noiva de Thiago Faria disse que saiu do carro e ficou escondida até os suspeitos pararem de atirar. As contradições de Mysheva Martins foram observadas também em relação ao depoimento do tio, Adaltivo Elias Martins, que estava no veículo do casal. Logo depois do assassinato, ela disse à Polícia Civil que o parente pulou do carro em movimento. A reportagem da TV Jornal teve acesso ao depoimento dele. De acordo com Adaltivo, ele saiu do carro caminhando pelo acostamento depois que Thiago Faria estacionou o automóvel. (Site Tv Jornal)
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