Após reduzir as atividades do Comperj e cancelar as refinarias Premium I e Premium II, a Petrobras não tem mais data para lançar a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, a Rnest. A previsão inicial para o lançamento era maio de 2015 com capacidade de processar 115 mil barris por dia.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, informou ontem, em teleconferência, que os prazos de início da operação da segunda fase da Rnest poderão ser revistos. “É possível que haja atrasos. O mesmo vale para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)”, afirmou.
Segundo Cosenza, a empresa está, atualmente, negociando com os fornecedores da Rnest, alguns deles envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O diretor acrescentou que a suspensão das refinarias Premium I e II terão impacto na reavaliação dos projetos da Rnest e Comperj, sem, no entanto, explicar os motivos desse impacto.
“A Rnest está em função da revisão dos contratos. E não temos uma data para o segundo trem. A baixa das refinarias Premium I e Premium II afeta o resultado do Comperj e Rnest”, disse Cosenza. “Um dos motivos para o cancelamento das PI e PII é a redução de mercado que estamos prevendo”, acrescentou.
Segundo o diretor, a companhia avalia seus ativos de maneira integrada, pois “não tem sentido ter uma refinaria isolada, com valor muito menor do que quando está integrada”. Para Cosenza, a “sinergia” é uma das forças da empresa.
“Sistemas isolados não têm valor, por isso fazemos uma análise integrada dos ativos das refinarias. As avaliações sobre as baixas passaram por muitas variáveis nessa avaliação integrada, como a taxa de desconto, os investimentos que são evitados, e também, no caso das Premium, a previsão de redução do mercado”, completou. (JC)
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